da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Sorocaba
O vereador Carlos Leite (PT) e quase vinte lideranças comunitárias, de três bairros de Sorocaba, se reuniram nesta quarta-feira (15) no Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) para cobrar diversas melhorias, dentre elas, o alargamento, aprofundamento e desobstrução do córrego do Jardim Piratininga (lateral à Rua Pedro Péres), que há décadas provoca inundações em dezenas de residências, fazendo os moradores perderem seus bens.
No último dia 31 de março, por exemplo, o córrego transbordou com o grande volume de chuvas, atingindo residências locais e obrigando várias famílias a deixarem seus lares por causa da inundação. Um homem foi retirado de casa pelos vizinhos, que utilizaram uma corda para evita que a correnteza o arrastasse quando saísse de casa.
"O córrego do Jardim Piratininga precisa de obras de reestruturação urgentes, semelhantes às que foram feitas no córrego do lavapés, das proximidades. Vários tubos têm que ser retirados e substituídos por módulos de concreto armado de grande diâmetro, facilitando o escoamento das águas", disse o vereador Carlos Leite a Wilson Unterkircher Filho, o Cuca, que recebeu o grupo.
O Diretor Geral do Saae, Rodrigo Maldonado, não estava no local no momento, e tem evitado receber o vereador Carlos Leite, segundo o próprio parlamentar. Cuca disse que, até esta sexta-feira (17), passará todas as informações para Maldonado. "Depois, vamos cobrar um posicionamento oficial do Saae e de Maldonado em relação a isso", afirma Leite.
Por meio do requerimento número 1032/2016, que pedia informações ao Saae sobre o alagamento de casas na rua Pedro Peres, a autarquia se limitou a responder que "existe um projeto de canalização do córrego Piratininga desenvolvido no ano 2000, que prevê algumas obras naquela região", mas que "atualmente não há previsão para execução dessas obras, por falta de dotação orçamentária".
No requerimento, o parlamentar havia elencado 11 questões, dentre elas, quais as medidas adotadas pela Prefeitura frente às perdas patrimoniais dos moradores com o transbordamento do córrego; sobre as medidas de limpeza do leito do córrego; sobre o histórico de transbordamentos, dentre outras coisas.
Outra demanda levada pelas lideranças à reunião na autarquia foi a diminuição dos altos valores cobrados para o fornecimento de água ao bairro da Campininha (região do Éden), que não é atendido por rede de distribuição. Ao invés da rede, o Saae leva água com caminhão pipa às famílias, ao custo mensal de R$ 182,60 reais por 12 mil litros.
"Esse valor é exorbitante. O Saae está cobrando a água e o transporte da água, o que encarece demais o processo. A autarquia tem o dever de fornecer a água, devendo cobrar apenas por ela, absorvendo o custo do transporte", diz Leite, opinião compartilhada entre os moradores locais. Caso cobrasse apenas a água, as famílias teriam de pagar cerca de R$ 25 reais por mês.
Uma terceira demanda levada ao Saae na ocasião, foi o desassoreamento do córrego que passa sob a Rua Ramon Haro Martini, na altura do Parque Três Meninos. Além da limpeza integral do córrego (o Saae limpou recentemente apenas um pequeno trecho), os moradores do bairro pedem a substituição da tubulação por galeria celular, garantindo a passagem de volume muito maior de água.
Hoje, o córrego transborda na passagem sob a Ramon Haro, invadindo um condomínio predial imediatamente do outro lado da via, ocasionando perdas patrimoniais aos moradores. "Vamos cobrar respostas da autarquia, de forma que esses problemas sejam corrigidos o quanto antes. Do jeito que está não pode continuar", conclui o vereador, que utilizou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (16) para fazer um balanço da reunião e cobrar mais celeridade da autarquia.