da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba
O secretário municipal da Saúde, Francisco Antônio Fernandes, e o diretor da Área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES), Rafael Gonçalves Reinoso, divulgaram na tarde desta quarta-feira (28) o novo Boletim Epidemiológico da Dengue e da Febre Chikungunya e Zika. Na oportunidade também saiu o resultado da última Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do município, realizada pelos agentes da Divisão de Zoonoses neste mês de outubro.
O boletim traz informações atualizadas sobre as doenças na cidade dentro do Ano Dengue 2015-2016, que teve início no último dia 5 de julho (Semana Epidemiológica 27), conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
De acordo com o documento, entre os dias 5 de julho e 23 de outubro foram notificados 766 casos suspeitos de dengue em Sorocaba, sendo que 22 deles (2,8%) foram confirmados. Destes 22 casos confirmados, 17 são autóctones e cinco são importados. Não há registro de óbitos pela doença neste novo Ano Dengue.
“Os números deste boletim são mais animadores se comparados aos do mesmo período do ano passado. Nesta mesma época, em 2014, já tínhamos 31 casos registrados e, neste ano, estamos com 22: uma queda de 30%”, analisou Fernandes. “Porém continuamos atentos. O Poder Público está fazendo sua parte. Todas as Secretarias Municipais estão trabalhando no combate e prevenção à dengue, mas é fundamental que a população também continue colaborando, vistoriando a casa pelo menos uma vez por semana e eliminando todos os materiais que possam acumular água e se tornar criadouros do mosquito transmissor”, reforçou o secretário.
Em relação à Febre Chikungunya, não houve alteração com relação ao boletim anterior. Do dia 5 de julho até o dia 23 de outubro, foram notificados três casos suspeitos, sendo um positivo importado da Bahia e dois aguardando resultado de exames. Quanto à febre pelo vírus Zika, são cinco notificações, sendo quatro descartadas e um em processo de avaliação epidemiológica.
Nova ADL
A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) é um levantamento que mostra a infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, em todas as regiões da cidade. O último estudo, feito pela Divisão de Zoonoses durante o este mês de outubro, aponta que o índice larvário de seis áreas da cidade – delimitadas para o planejamento de ações de combate e controle da doença – ficou em 0,7%, ou seja, abaixo de 1%, uma classificação considerada como limite aceitável pelo Ministério da Saúde.
Para a realização da ADL, a Zoonoses dividiu a cidade em seis áreas: Sudoeste: regiões das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Cerrado, Márcia Mendes, Jardim Simus, Sorocaba I e Wanel Ville, com índice de infestação por Aedes aegypti 0,6; a Noroeste; regiões da Vila Barão, Lopes de Oliveira, Jardim Maria Eugênia, Nova Esperança, Jardim São Guilherme, Parque São Bento, com índice 1,6; a Centro Norte: regiões da Vila Angélica, Vila Fiori, Jardim Maria do Carmo, Mineirão, Nova Sorocaba, com índice 0,3; a Norte: regiões do Habiteto, Laranjeiras, Paineiras, Ulysses Guimarães, Parque Vitória Régia, com índice 1,3; a Centro Sul: regiões do Barcelona, Lageado (UBS Escola), Vila Haro, Vila Santana e Vila Hortência, com índice 0,3; e a Sudeste: regiões de Aparecidinha, Brigadeiro Tobias, Cajuru, Éden e Vila Sabiá, com índice 0,5.
Em comparação à ADL anterior, os índices nas áreas Norte e Noroeste aumentaram, estando ambas as regiões em estado de alerta. Nesta avaliação, também foi verificada a quantidade e tipos de criadouros presentes nos imóveis e quais continham larvas de mosquito.
“Quanto aos criadouros, temos nesta avaliação um número maior de recipientes passíveis de remoção e/ou sem utilidade, seguido dos recipientes móveis. Os criadouros com mais larvas de Aedes aegypti, em número absoluto, foram os recipientes móveis com utilidade para o morador, seguido dos recipientes fixos e os recipientes passíveis de remoção. Este cenário é preocupante, pois esses materiais poderão se tornar criadouros do mosquito vetor da dengue, aumentando sua infestação na cidade e consequentemente a transmissão da doença, além da aumentar o risco de introdução das Febres Chikungunya e do vírus Zika”, disse o diretor da Vigilância em Saúde.
Ações de Combate ao Aedes aegypti
A Área de Vigilância em Saúde da SES informa que as ações de combate ao Aedes aegypti seguem da mesma forma, com vistorias para a remoção e o tratamento de criadouros, orientação aos munícipes e busca ativa de pacientes suspeitos nos locais com casos positivos de dengue ou casos suspeitos de Chikungunya e Zika; nas áreas com maiores índices de transmissão no primeiro semestre do ano, e nas regiões com maiores índices de infestação
larvária de acordo com o ADL.
Segundo Rafael, pela situação epidemiológica atual, as nebulizações estão sendo realizadas apenas ao redor dos casos positivos de dengue ou casos suspeitos de Chikungunya e Zika.
Os arrastões também continuam e já resultaram em 16,35 toneladas de resíduos removidas em setembro, além de outras 45,64 toneladas removidas até o dia 23 de outubro. Foram realizadas, ainda, ações de remoção de material inservível em duas residências específicas da cidade, sendo removidas 19,81 toneladas em um imóvel e 15,10 toneladas no outro.
“Queremos que a história seja diferente no ano que vem e, por isso, estamos trabalhando muito para isso. E mais uma vez pedimos a colaboração da população. O combate ao Aedes aegypti é um dever de todos”, destaca o secretário da Saúde.