Raio-X digital agiliza manejo animal em exames no Zoo

21/5/2015 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba

A equipe do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” conta com um novo aliado para agilizar o diagnóstico, tratamento e a reabilitação de animais do zoo. Trata-se de um digitalizador de imagens de Raio-X, importado e de alta tecnologia, adquirido há dois meses e que começou a ser usado agora em abril. O equipamento permitiu a substituição dos filmes radiográficos e possibilita correções técnicas na captura da imagem, sem necessidade de tirar outra chapa, agilizando o manejo do animal examinado, liberando-o mais rápido e com menos estresse.

O leitor digital de Raio-X, da marca Carestream e modelo DirectView Vita CR XE, é novidade no mercado veterinário e seu uso no “Quinzinho de Barros” consolida o zoo de Sorocaba como centro de referência em pesquisa e tratamento de animais,  aponta o médico veterinário Adauto Nunes.

O novo equipamento é usado junto a um aparelho de Raio-X convencional que emite radiação. Porém, a placa de filme fotográfico usada para capturar a imagem do animal é substituída por um chassi eletrônico, que depois é levado ao leitor que digitaliza a imagem. A imagem fica armazenada em um computador, numa sala especial, onde há uma tela de visualização em tempo real e outra - sensível ao toque e com tecnologia LED de alta definição - na sala de atendimento.

A ferramenta serve para suporte e orientação em caso de cirurgias e outros procedimentos, além de uso em treinamentos e aulas. Um software especial permite trabalhar essa imagem na tela, da maneira que o veterinário quiser: contraste, zoom, tamanho, posição, tonalidade. “Possibilita um diagnóstico mais preciso e de maneira mais ágil. O animal fica menos tempo anestesiado ou imobilizado, e menos chapas são necessárias num mesmo procedimento, o que garante menor exposição radioativa. Facilita tudo para o animal e para o profissional”, destaca Adauto.

O software utilizado tem configuração específica para alta qualidade de imagens de animais. “Conseguimos ver detalhes até então imperceptíveis pelas radiografias comuns e ainda temos a possibilidade de corrigir erros na técnica de captura da foto”, ressalta a médica veterinária residente Vanessa Ribeiro.

Exame

Em média, de quatro a cinco exames de radiografia são feitos a cada semana no “Quinzinho de Barros”, em geral para identificar casos de pneumonia ou corpos estranhos (como um anzol preso numa tartaruga), fraturas e outros traumas. Nesta quarta-feira (20), o novo aparelho foi usado para constatar a evolução do tratamento realizado num tucano que chegou ao zoo com as pernas fraturadas, há 15 dias. A ave passou por exame de raio-x no último dia 5 e, depois, por outros dois exames no dia 18.

Nesta quarta vez, após rápida imobilização da ave, via imagem digital, os veterinários confirmaram a melhora no quadro clínico com a formação de calo no local da fratura. “Com essa nova tecnologia é tudo muito mais rápido, preciso e seguro. Neste caso o tucano ficou em espaço restrito e recebeu alimentação especial, uma vez que não é possível imobilização. Em aves, o acompanhamento de cicatrizações leva vinte dias, contra dois meses em mamíferos, ou um ano em répteis. E os exames de Raio-X são necessários nesse processo todo”, conta Vanessa.

Estocagem e economia     

Outra vantagem do formato digital é a melhor estocagem e identificação das imagens, o que facilita levar o material para apresentações em congressos e conferências. “A radiografia comum exige mais espaço físico para guardá-las, gera mais lixo – pois há necessidade de impressão ou filme – e as chapas estragam mais fácil devido à ação do tempo”, completa Vanessa. São eventuais poluidores tóxicos, que necessitam de descarte especial.

Pelo procedimento antigo, a cada três meses era necessário fazer a troca dos produtos químicos usados na revelação das chapas. “Não teremos mais esse gasto e o novo aparelho renderá economia em longo prazo. Os filmes, chassis fotográficos, reveladores e fixadores químicos que tínhamos foram doados para uma entidade que precisa desses materiais”, finaliza Adauto.

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