da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Eleições brasileiras não têm terceiro turno.
Após as duas consultas ao eleitorado, é inquestionável a legitimidade da vitória da presidente Dilma Roussef na busca pela reeleição. A pequena quantidade de votos que no turno final a separou de seu adversário não vale como argumento para questionar a escolha dos cidadãos.
Em compensação, quem apoiou, trabalhou e votou em Aécio Neves não está obrigado a recuar um só milímetro das críticas à presidente reeleita nem a silenciar os questionamentos à gestão da Petrobrás ou a cobrança de explicações sobre o espantoso estouro dos custos de implantação da Refinaria Abreu e Lima, para ficarmos em dois exemplos.
Chefe do Governo e responsável última pelas decisões por ele assumidas, a presidente Dilma deve explicar ao Congresso, à Justiça e à nação esses e outros episódios nebulosos de seu governo.
Com Dilma reeleita não haverá transição de governo. Portanto, a presidente deve escolher imediatamente interlocutores com o setor produtivo e definir soluções para a crise que ameaça a economia nacional.
Urgentíssimo é o diálogo com a indústria, que vem sendo varrida do mapa do país, gerando o fechamento vagas, ameaçando a sobrevivência de empresas e levando trabalhadores ao desemprego.
Fechado sobre suas desastrosas certezas, o Governo Dilma não tem ouvido nem mesmo seus conselheiros econômicos. Isso ameaça fazer com que o Brasil despenque da condição de economia emergente para a de país subdesenvolvido.
Diz a presidente que não fugirá à luta. O país aguarda ansioso que passe das palavras às atitudes.