da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Tendo a religiosidade como ponto de partida para a construção de uma amizade e de um caminho onde a música é a maior expressão da fé e do amor por Sorocaba, o Madrigal da Rainha celebra nesta terça-feira (26), seus 30 anos de existência.
Atualmente com mais de 20 membros, o grupo faz uma apresentação especial a um grupo de amigos colaboradores que, ao longo deste tempo e de algum modo, estiveram por perto incentivando o resgate e a preservação da cultura interiorana, por meio da música raiz. O evento acontece no Real Café & Bistrô, às 19h e faz parte do projeto “Assim na Terra como no Céu – Conhecendo Sorocaba através da música”, onde a gravação de um clipe contará a história da cidade nas canções escritas por sorocabanos.
“A música religiosa faz parte do nosso repertório, mas não é exclusiva. Já há algum tempo, o cancioneiro sertanejo, que retrata o homem simples, a vida sob a perspectiva da simplicidade, entrou para o rol das nossas apresentações e aí estão incluídas aquelas que falam de Sorocaba, a partir do olhar de vários sorocabanos anônimos”, explica o coordenador do Madrigal da Rainha, Miguel Arcanjo Brandão, o Nenê Brandão.
Segundo ele, o nome do projeto justifica exatamente a ideia de que a música tocada e cantada pelo grupo siga um caminho eclético, abrindo horizontes no universo das participações que fazem em festas e eventos pela cidade e pela região. “É um trabalho que visa resgatar a história cantada e transformá-la num documentário”, explicou.
A experiência não é inédita para o Madrigal, já que outras obras com este mesmo perfil estão em desenvolvimento no município de São Miguel Arcanjo, onde os temas tratam dos engraxates, o ciclo do carvão, da uva e do seu povo.
O nome Madrigal da Rainha, assim como sua formação, nasceu a partir de outra composição, o “Violeiros de Sorocaba” que, por sua vez, também substituiu a “Orquestra de Violeiros Sorocaba”, na década de 80. A mudança na denominação, porém, não alterou a linha musical do cancioneiro brasileiro e o uso de instrumentos como as violas, violões, bandolim, clarinete, flauta doce e craviola, por exemplo. Cantando ritmos como o cateretê, o cururu, o valseado, as paraguaias, a moda de viola e a seresta, o Madrigal se aproximou da cultura da região, marcada, principalmente, pela origem tropeira cujos extremos se conectam de norte a sul do país.
Por isso mesmo, o grupo participa de eventos festivos tropeiros e sertanejos mostrando um setlist constituído de músicas da liturgia católica e da discografia nacional.
Com ensaios semanais, o Madrigal da Rainha está sempre aberto à participação daqueles que tocam algum instrumento e gostam de canto e coral buscando, acima de tudo, valorizar as tradições do povo sorocabano. O grupo é composto por Alcides, Ana Casteli, Ana Maria, Aronni, Brisola, Carlão, Fátima, Gustavo, Ivoninha, José Carlos, Inês (Lila), Maria, Marta, Nilza, Odair, Patrícia, Pedro Castelli (Imperdor), Rafael, Job Bueno de Sampaio (Romeirinho), Salete e Senhorinha, além de Nenê Brandão.