Pesquisa do São Paulo Solidário está mapeando as famílias em extrema pobreza de Sorocaba

14/11/2013 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba


A Prefeitura solicita a colaboração da população para responder o questionário. Até o dia 20 de dezembro, serão visitadas cerca de 14 mil residências

 Desde o dia 30 de novembro, 29 visitadores sociais do programa "São Paulo Solidário" estão fazendo a busca ativa e visitando alguns bairros de Sorocaba que podem ter famílias em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda per capita de até R$ 70 por mês. Numa pesquisa rápida, em apenas 10 minutos, os munícipes são questionados sobre assuntos, como a renda mensal, nível educacional, desnutrição, estrutura da residência e os benefícios recebidos pela família. Até o dia 20 de dezembro, serão visitadas aproximadamente 14 mil residências no município.

Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo para a superação da extrema pobreza nos municípios paulistas, essa primeira etapa do "São Paulo Solidário" consiste na busca ativa para obter informações sobre o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que avalia não somente o critério econômico, como também os educacionais, sociológicos, entre outros.

De acordo com a vice-prefeita Edith Maria Di Giorgi, secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), é muito importante que a população responda a todas as perguntas feitas pelos visitadores sociais para que se tenha um retrato social das famílias em extrema pobreza da cidade e assim seja feito um trabalho para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. "Com esse levantamento teremos um diagnóstico socioterritorial mais amplo do nosso município, que ajudará a direcionarmos as ações sociais a essas famílias que estão na extrema pobreza. Além disso, temos uma série de questões que precisam ser trabalhadas, além da transferência de renda, como, por exemplo, capacitar essas pessoas para o mercado de trabalho, a questão da violência, entre outras", explica Edith.

Nesta quarta-feira (13), das 9h às 15h, os visitadores sociais percorreram algumas ruas do Parque São Bento, que foram indicadas pelo Governo do Estado, onde possivelmente existem pessoas em situação de extrema pobreza na cidade. Esses locais foram indicados conforme informações do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do IPVS (Índice Paulista de Vulnerabilidade Social).

Um dos sorocabanos abordados pela pesquisadora de campo Shellonay Silva, estudante universitária de Serviço Social, foi o aposentado D. C., de 82 anos. Viúvo, morando sozinho em residência própria e com uma renda mensal de R$ 671, ele afirmou que o salário mínimo é muito pouco. "Não recebo benefício e nem ajuda de ninguém", comentou.

Outra munícipe que atendeu a pesquisa foi a operadora de caixa M. K. S., de 27 anos. Ela mora com o marido D. S., de 26 anos, e com a filha, de apenas 2 meses. A família tem uma renda mensal de quase R$ 2 mil e não recebe qualquer benefício do governo. "Só estou precisando neste momento tentar uma vaga para a minha filha em uma creche, pois não tenho com quem deixá-la e volto a trabalhar em março do ano que vem", comentou.

Eles não se encaixam no perfil do São Paulo Solidário como pessoas em situação de extrema pobreza, mas esses dados são importantes para a Secretaria do Desenvolvimento Social para saber como está a situação das famílias sorocabanas.

De acordo com o CadÚnico, em Sorocaba existem 7.834 famílias em situação de extrema pobreza. Segundo informações do Governo do Estado, por meio da Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social (Drads), há uma população de aproximadamente 14 mil famílias na cidade nessas condições. A vice-prefeita, porém, acredita que esse número fique próximo de 10 mil famílias. Toda a pesquisa está sendo acompanhada pela Vigilância Socioassistencial da Prefeitura de Sorocaba, Drads, Associação Crianças de Belém e Fundap.

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