da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
O prefeito Antonio Carlos Pannunzio foi um dos palestrantes do Fórum da Mobilidade Urbana que aconteceu na capital paulista nesta quinta-feira (8). Pannunzio participou do último bloco de discussões acerca da mobilidade nas cidades brasileiras falando sobre "Financiamento de Transporte Público".
Mediada pelo jornalista Luis Nassif, a mesa contou, também, com a participação do economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, Samuel Pessôa e do deputado federal Carlos Zarattini.
Promovido pelo Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em parceria com a Frente Paulista de Prefeitos e a Universidade Uninove, o fórum tratou dos problemas enfrentados pelos municípios brasileiros no que tange à estrutura urbana, os sistemas de transporte coletivo e a criação de corredores de transporte, buscando orientar ações para a solução dessas questões.
Pannunzio iniciou sua fala pela implementação da tarifa única e integração, realizada no seu primeiro mandato, e passou a falar sobre a realidade decorrente do crescimento e do desenvolvimento de Sorocaba, assim como da maioria das cidades brasileiras. Defendeu o subsídio do transporte coletivo, mas disse que é uma situação preocupante , visto que isso pode implicar no aumento da carga tributária.
No que tange à gratuidade do sistema, o prefeito ponderou que, apesar de o transporte ser um direito social, assim como a Educação ou a Saúde, desonerar em 100% o usuário tende a alavancar abusos e, na consequência, a corrupção. "O que é de graça não tem fiscalização. Onde não há fiscalização, a corrupção acontece", reiterou.
Segundo o prefeito, uma opção para a melhoria do sistema viário urbano é a criação dos corredores de ônibus e a utilização das linhas férreas que cruzam as cidades.
"Hoje, conforme disse, não só os municípios não comportam a passagem de trens, como o transporte por meio dos trilhos tornou-se mais caro por conta da velocidade que é desenvolvida. Daí, a importância do desvio das malhas ferroviárias, contornando as cidades, que propiciaria a criação de transporte de passageiros por meio dos veículos leves sobre trilhos – que percorrem menor distância e num tempo menor, bem como a dinâmica e economia na distribuição de produtos. "Ainda temos, em Sorocaba, grandes comboios de trem carregando minério de ferro e uma velocidade de 5km/hora. Isso não é viável", explicou.
Pannunzio disse, ainda, que é preciso pensar o transporte a partir da conceituação de vida própria dos bairros; em quase sua totalidade, autônomos em termos comerciais e de prestação de serviços. E, neste processo, considera o mais importante a conscientização da população de que o transporte coletivo é a melhor forma de locomoção urbana. "Quem vai de ônibus, chega mais rápido", concluiu.