da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Sempre deixei claro, durante toda a campanha eleitoral que me levou à Prefeitura pelo voto direto dos cidadãos, que minha intenção era de comandar um governo de mudanças destinadas a ajustar os serviços públicos aos reclamos da população.
Essa ruptura com o "mais do mesmo" – como ficou claro em todos os momentos – seria focada em prioridades, com destaque para a saúde, área em que as queixas da população eram particularmente numerosas e fundamentadas. Sem relegar ao esquecimento outras áreas igualmente importantes, a posicionei, desde o início, como prioridade fundamental.
Sempre rejeitei a ideia de que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser bom para os cidadãos mais pobres e sem acesso a convênios particulares e, por isso, propensos a se contentar com um atendimento de ínfima qualidade.
Creio que o SUS precisa ter condições de presteza e resolutividade capazes de atender com qualidade todos os cidadãos.
Suas unidades básicas, de pronto-atendimento ou pré-hospitalares devem resolver os problemas de saúde que a elas chegam ou dar um encaminhamento rápido a uma unidade de referência que lhe dê a solução necessária.
Ter ou não ter um plano de saúde particular deve ser uma escolha do cidadão ou dos órgãos – associações e sindicatos – que os organizam e não a única forma de garantir a ele e sua família um atendimento eficiente. Essa garantia quem deve dar é o SUS.
Construído o arcabouço legal necessário às mudanças, gerada boa parte da estrutura física que deve viabilizá-las, auscultados os anseios dos sorocabanos numa Conferência da Saúde em que a voz da população se fez ouvir de forma particularmente forte, estamos começando, enfim, as mudanças que interessam à população.
De início, vamos bater de frente com a questão recorrente da ausência de médicos para atendimento imediato à população nas UPHs. Para isso, num primeiro momento, estamos concentrando o atendimento aos adultos na UPH Zona Norte e o atendimento pediátrico, na UPH Zona Oeste.
Nada está sendo feito sem critérios. A população infantil da Zona Norte é um terço menor do que a da Zona Oeste e dispõe hoje, no Parque das Laranjeiras, de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de boa qualidade e nível de resolutividade.
Mesmo assim, é certo que casos de atendimento pediátrico de urgência e emergência continuarão chegando à UPH da Zona Norte. Para encaminhá-los à UPH da Zona Oeste teremos permanentemente ali uma viatura do Samu.
Em paralelo, concentrando os clínicos gerais na UPH da Zona Norte, daremos pronto-atendimento à população adulta e os casos que não possam ser ali solucionados serão encaminhados ao Pronto-Socorro.
Nada disso se tornará realidade sem o acompanhamento e a fiscalização dos mais diretos interessados: os usuários e seus familiares.
A Secretaria da Saúde mantém canais abertos para comunicações de atendimento inadequado e nenhuma reclamação procedente deixará de receber a atenção que o caso exigir.
Essa grande parceria entre a população e a Prefeitura é essencial para que possamos corrigir vícios antigos, eliminar condutas inaceitáveis que nunca foram enfrentadas com o devido rigor e criar padrões de excelência para, desse modo, implantar em Sorocaba um SUS a cujas unidades o paciente chegue com a certeza de que será acolhido com dignidade, encaminhado com presteza e receberá atendimento de qualidade.
É para essa tarefa que estou, hoje, conclamando os sorocabanos que partilham do objetivo deste governo de instaurar, nos limites do Município, um SUS que seja parâmetro e modelo em nível nacional.
*Artigo publicado pelo jornal Diário de Sorocaba em 3 de novembro de 2013