da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Manuseio dos equipamentos eletroeletrônicos pode causar danos ao meio ambiente e à saúde
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Parcerias (Separ) e o projeto Metarreciclagem, tem programas que incentivam a destinação correta do chamado lixo eletrônico. O mercado paralelo é uma ameaça aos programas e pode causar danos ao meio ambiente e à saúde de quem manuseia os equipamentos eletroeletrônicos.
Estudo encomendado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) aponta que a quantidade de lixo eletrônico produzida no Brasil, considerando-se os eletrônicos de grande e pequeno porte, deverá chegar a 918 mil toneladas em 2013. Se não descartado corretamente, esse lixo pode contaminar solo e lençóis freáticos, pois traz mais de 60 tipos diferentes de substâncias. Muitas delas são tóxicas e portanto, nocivas à saúde das pessoas.
Em Sorocaba, o projeto Metarreciclagem, desenvolvido pela Prefeitura, tem, além de ensinar uma ocupação a jovens da comunidade, contribuído e muito para a destinação correta de computadores e impressoras. O trabalho do Metarreciclagem consiste em recolher computadores quebrados ou fora de uso, doados por entidades, instituições ou comunidade..
Com isso, a Prefeitura permite a destinação adequada de pelo menos uma parte do lixo eletrônico gerado na cidade. Também trabalha a inclusão digital e a geração de renda, por meio da reciclagem de computadores e cursos gratuitos de informática, montagem e manutenção e web designer. Os equipamentos montados pelos alunos são doados às entidades da cidade.
Só este ano foram repassados 15 kits (computador e impressora) para a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Sorocaba e Região. Desde o início, em 2010, o projeto já formou mais de 2.000 alunos, resultando na entrega de 220 kits a dezenas de entidades assistenciais. A sucata não utilizada pelo Metarreciclagem é enviada à Reviver, uma das Cooperativas de reciclagens que contam com apoio da Prefeitura, que faz a separação dos materiais e equipamentos para processamento, cujos resultados revertem em geração de renda aos cooperados.
Conforme destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Cesar de Almeida, a atuação tanto do Metarreciclagem quanto das cooperativas que atuam na reciclagem de equipamentos eletrônicos é das mais importantes para a cidade. "Fundamental porque esse processo garante o descarte correto do lixo eletrônico, evitando-se danos ao meio ambiente, à saúde das pessoas", afirma ele.
Um dado interessante no Metarreciclagem é que os alunos, além de terem acesso gratuito à internet, aprendem técnicas de montagem e manutenção dessas máquinas e, principalmente, se conscientizam da importância do reaproveitando desse material tecnológico e a destinação correta do lixo. "Essas crianças e jovens aprendem na prática a fazer algo que pode ser uma fonte de renda", explica o secretário.
Os riscos do eletrônico
Computadores, liquidificadores, aparelhos de fax antigos, ou qualquer outro material movido a energia elétrica, em desuso na sua casa, pode ser considerado um de lixo eletrônico e, como tal, precisa ser descartado da forma correta. "Às vezes, as pessoas guardam esses materiais, pois acreditam que um dia irão reutilizá-los, como um videocassete, por exemplo. Na verdade, estão é guardando lixo em casa e se descartados corretamente, esses materiais podem ser reutilizados", explica Gislaine Villas Boas, da Secretaria de Parcerias, futura Secretaria de Serviços Públicos.
O descarte incorreto de resíduos eletrônicos implica uma série de consequências, já que possuem componentes e materiais nocivos, como o chumbo, que podem poluir o meio ambiente, contaminando a água e o solo. No Núcleo de Gerenciamento de Resíduos Eletrônicos, referência nacional, por ser realizado 100% pelo município, é possível obter informações sobre a maneira correta da destinação e, se o resíduo que o munícipe tem em casa pode mesmo ser enviado à cooperativa.
Com a destinação correta, é possível evitar que os resíduos se misturem ao lixo comum que vai para o aterro sanitário, além de contribuir para o programa de coletiva seletiva de Sorocaba que é 100% realizado por cooperativa de catadores, apoiado pela Prefeitura e que faz a inclusão das pessoas socialmente, economicamente. "Os catadores chegam a gerar uma renda de até mil reais por mês", afirma Gislaine.
O Núcleo de Gerenciamento de Resíduos Eletrônicos recebe em média 15 toneladas de lixo eletrônico por mês, já chegou a receber 40 toneladas, e o ideal seria em torno de 50 ao mês. A queda na arrecadação, segundo Júlio César Andrade, responsável pelo setor de eletrônicos da Cooperativa Reviver, tem um motivo: o mercado paralelo que se criou por conta do valor de alguns resíduos do lixo eletrônico.
Muitos desconhecem, mas uma mistura completa de metais pesados, semimetais e outros compostos químicos está à espreita no interior de seu laptop ou televisor aparentemente inocente. O perigo do lixo eletrônico deriva de ingredientes como chumbo, mercúrio, cádmio, cobre, berilo, cromo, níquel, prata e ouro, entre outros, que estão em placas de circuitos, monitores etc. E mesmo assim, pessoas despreparadas abrem e manipulam as sucatas de placas de circuito, monitores, tvs. "Além dos munícipes, as empresas também podem procurar o Núcleo para o descarte de seus resíduos", conclui Gislaine.
Computadores e materiais de informática podem ser entregues no Metarreciclagem, à Av. 9 Julho, 1.066 - Vila Barão - Telefone (15) 3417.3825 ou e-mail meta.recicla@gmail.com. Se for mais que um equipamento, é retirado no local. O Núcleo de Gerenciamento de Resíduos Eletrônicos fica na rua Ourinhos, 241, no Jd. Iguatemi, recebe todo tipo de lixo eletrônico. Se for em volume, também retira no local e o telefone para contato é o (15) 3325.5961.
Colaboração: Marina Jabur