da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Fotos na Agência Sorocaba de Notícias
O prefeito Antonio Carlos Pannunzio recebeu na tarde desta terça-feira (2), em seu gabinete, representantes do movimento Contracatraca, articulador de reivindicações relacionadas ao sistema público de transporte.
O grupo reivindica o acesso à planilha de custos que determina o reajuste da tarifa de ônibus na cidade e pede para que a administração pública custeie todo o serviço, sem prejuízo de outras áreas.
Atendendo à primeira reivindicação, o prefeito já agendou para esta quarta-feira (3), na Urbes, um encontro com o secretário de Transportes e presidente daquela empresa pública, Renato Gianolla e sua assessoria técnica. "Faço questão de que todas as informações relacionadas à tarifa sejam abertas a vocês, pois, muito mais do que nosso dever, é um direito de todo e qualquer cidadão conhecer esses dados", disse.
Antes porém, Pannunzio fez questão de explicar aos representantes do Contracatraca os componentes sociais da tarifa e que incluem a subvenção do Passe Estudante, do Domingo a R$ 1, o passe livre para idosos acima de 60 anos, o sistema de Transporte Especial e até mesmo as adaptações de cerca de 90% da frota que oferece acessibilidade a pessoas com deficiência. Isso, disse, porque o município ainda subvenciona o serviço em R$ 15 milhões ao ano. Valor que, caso o compromisso de desoneração dos insumos do transporte não sejam cumpridos pelo governo federal, poderá atingir a casa dos R$ 30 milhões/ano.
Acompanhado da vice-prefeita, Edith Di Giorgi, Pannunzio pediu aos jovens que apresentem as propostas que têm acerca da implementação de uma tarifa zero e assumiu a discussão do assunto como forma de ampliar a participação popular na aplicação das políticas públicas. Para ele, a ação do movimento, acima de sua legitimidade, pode colaborar para o entendimento do mecanismo de cobrança da passagem de ônibus. E foi além, segundo o prefeito, tudo tem que ser feito de modo a não prejudicar um serviço, pois uma remuneração fora das necessidades pode causar a deteriorização do transporte público.
"E eu sei bem o que é isso. Vocês ainda são muito jovens e não devem se lembrar, mas passei os 48 meses da minha primeira administração lutando, justamente, contra isso", falou referindo-se aos problemas que enfrentou no sistema até a extinção da Vima e a modernização do serviço com a construção dos terminais e a integração tarifária..
Uma das sugestões apresentadas ao prefeito foi o do modelo de fretamento que prevê o pagamento das operadoras do transporte pelo custo de operação. Pannunzio explicou que era esse o sistema utilizado por ele, há mais de 20 anos, quando inovou o transporte público na cidade e pagava por quilômetro rodado. Entretanto, disse, o Tribunal de Contas do Estado entendeu que a forma de renumeração não deveria ser essa e proibiu. Hoje o transporte é pago com base no números de passageiros atendidos.
Alertando de que sua atual administração está usando de todas as ferramentas que deem visibilidade e segurança nos processos licitatórios, Pannunzio foi enfático: "Peço a vocês que vejam toda a documentação, avaliem e se o cálculo tarifário não estiver certo, me apontem. Sou o primeiro a querer corrigir qualquer distorção que possa haver", enfatizou.
Elogiando a conduta do Movimento e de seus representantes, Pannunzio disse que gostaria de recebê-los, novamente, para uma nova conversa. "Não tenho qualquer problema em discutir o que quer que seja e estou muito tranquilo na nossa proposta de administrar a cidade para a população", encerrou.