ARTIGO DO PREFEITO - Sorocaba faz a lição de casa

2/7/2013 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

Enquanto manifestações de rua tomam conta do País, tendo como um de seus motes a questão da mobilidade urbana, recursos de quase de R$ 10 bilhões, destinados pelo governo da presidente Dilma Rousseff a investimentos na melhoria do transporte coletivo, continuam represados nos cofres do Ministério das Cidades.

A culpa por essa situação não é da União. Aquelas verbas só podem ser liberadas para municípios que, interessados em elevar os padrões de seus serviços de ônibus e metrôs, apresentem projetos que digam claramente como os recursos serão utilizados.

Desde a segunda metade do século XX, o Brasil, até então um pais fundamentalmente agrícola, viu a maioria de seus habitantes migrar para as cidades, em especial aquelas de grande porte. Hoje, de cada dez brasileiros, oito residem em áreas urbanas.

O agigantamento dos núcleos urbanos fez da mobilidade uma questão essencial para milhões desses brasileiros que acordam de madrugada, gastam duas horas ou mais nos ônibus que os conduzem aos locais de trabalho e, no final do dia, passam pelo mesmo processo no retorno aos seus lares. Estranhamente, no entanto, a maioria dos grandes municípios não tem projetos que, financiados pelo governo federal, melhorem essa situação infernal.

Por todas essas razões, foi com alegria que encaminhei à apreciação da Câmara Municipal, na semana passada, três projetos de lei que solicitam autorização para o município captar financiamentos junto à Caixa Econômica Federal destinados a três projetos essenciais para a cidade, relacionados com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do governo federal.

Eles se referem, respectivamente, aos investimentos que Sorocaba pretende fazer em transporte coletivo (sistema BRT), pavimentação e instalação de nova estação de tratamento de água e duplicação de capacidade da Estação de Tratamento de Esgoto da Zona Norte.

As três iniciativas, que aguardam agora a apreciação e aprovação pelo Poder Legislativo, são importantíssimas para a qualidade de vida e o bem-estar dos sorocabanos. Até por isso, a expectativa é de que todas as lideranças políticas da cidade venham a se unir em torno delas, pois visam equacionar problemas que estão além e acima das divisões partidárias. Aprovados os projetos pelo Legislativo, a estimativa é de que consigamos cumprir as demais etapas administrativas até o final do ano, abrindo até lá as concorrências públicas para a execução das obras.

A luta de meu governo por aqueles projetos, dois dos quais diretamente ligados à questão da mobilidade urbana – o do BRT, o ônibus rápido, e o do asfaltamento - não começou agora. Minha equipe vem trabalhando neles desde o início de nossa administração.

Os três foram levados, sob a forma de projetos técnicos, ao governo federal e receberam, no dia 6 de março, a aprovação formal da União, anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Se receberem o aval dos vereadores, poderão ser licitados neste semestre e terem suas obras iniciadas no final do ano. Eles são o testemunho insofismável de que Sorocaba vem fazendo a sua lição de casa, muito antes que a mobilização popular pela melhoria do transporte coletivo ganhasse as ruas do País.

Fatos como esse colocam nossa cidade numa posição diferenciada em face de outras metrópoles. A escolha, pela União, dos projetos que a ela levamos se fez com base em parâmetros totalmente objetivos, sem nenhuma conotação política.

A equipe da Urbes/Secretaria dos Transportes, alvo de tantas críticas, demonstrou estar em plena sintonia com os parâmetros que regem as grandes decisões na área das políticas de mobilidade urbana dos países em desenvolvimento.

Os projetos que levou a Brasília passaram pelo pente fino dos técnicos federais e obtiveram aprovação plena de alguns dos melhores estudiosos e planejadores das políticas de mobilidade urbana.

Isso demonstra que a administração municipal de Sorocaba se preocupa seriamente com as questões de maior interesse para sua população e atua em plena sintonia com as melhores e mais avançadas políticas urbanas. Ou seja: faz política no melhor sentido da palavra, cuidando da coisa pública com uma postura republicana, sem se deixar aprisionar por interesses menores de grupos ou facções.

 

*Artigo publicado originalmente pelo jornal Diário de Sorocaba (30 de junho de 2013)

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