da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Uma das mais exaltadas tradições sorocabanas, a centenária Romaria de Aparecidinha, será declarada "Patrimônio Imaterial" dentro de um mês. O processo neste sentido, solicitado pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Turístico e Paisagístico de Sorocaba (CMDP), em 2007, teve resolução positiva no final do ano passado e, de acordo com a Secretaria de Negócios Jurídicos (SEJ), no máximo em trinta dias, o decreto institucionalizando o evento será publicado.
Para o secretário da Cultura e Lazer (Secult), José Simões de Almeida Junior, a condição de "Patrimônio Histórico Imaterial" à qual a romaria ascende, patenteia o reconhecimento do poder público municipal à importância de um evento que congrega muito mais do que a fé e a religiosidade; "resguarda também a história, a cultura e a identidade de toda uma população", disse.
O início
Dados indicam que o movimento de católicos ao bairro de Aparecidinha, em romaria, teve início em 1804, de forma descontinuada. Foi em 1852 que o jornal "O Defensor" citou o evento como uma tradição na qual o costume era levar a imagem de Nossa Senhora Aparecida para o centro da cidade em momentos difíceis, como nos períodos de seca, enchentes ou epidemias. Era a fé e o louvor buscando ajuda celestial.
Durante o surto da febre amarela, no final do século XIX, os devotos de Nossa Senhora pediam a cura da doença e isso sedimentou o costume de se levar a santa até a cidade para abençoar o povo.
Neste período, Monsenhor João Soares, pároco da Matriz Nossa Senhora da Ponte (atual Catedral) fixou as datas da Romaria: 1 de Janeiro, saindo da Igreja de Aparecidinha para a Catedral e o segundo. domingo de Julho para o retorno da santa ao Centro de Sorocaba.
Milhares de pessoas participam da procissão todos os anos em veneração à Nossa Senhora Aparecida, em agradecimento e em súplica.