Sorocaba adere ao programa estadual voltado a crianças e adolescentes desaparecidos

7/6/2013 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

A Prefeitura de Sorocaba aderiu recentemente ao programa "São Paulo em Busca das Crianças e Adolescentes Desaparecidos", iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, que prevê ações voltadas para a prevenção, sensibilização, esclarecimento e localização de crianças e adolescentes desaparecidos no Estado de São Paulo. O evento ocorreu no dia 24 de maio na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, quando houve a apresentação do primeiro ano do programa.

Segundo o Governo Federal, no Brasil são 40 mil crianças e adolescentes desaparecidos por ano. No Estado de São Paulo, são 9 mil casos envolvendo pessoas até 18 anos. Desses, mais de 10% possuem algum tipo de deficiência. "Essa é uma questão muito importante e que traz dados alarmantes, já que especialistas acreditam que os dados que existem hoje não correspondem à realidade", explicou Edith Di Giorgi, vice-prefeita e secretária das pastas da Cidadania (Secid) e Juventude (Sejuv). "Em Sorocaba ainda não temos esses dados e essa é uma das primeiras providências que pretendemos tomar", completou.

De acordo com Carlos Más, coordenador da abordagem social da Secid, neste momento inicial a ideia é de reunir em breve alguns órgãos e entidades ligadas a essa questão para dar início ao programa em Sorocaba. Os órgãos são o Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (CMPPD), Conselho Municipal da Assistência Social (CMAS), Guarda Civil Municipal, Secretaria da Educação, Delegacia Regional de Ensino, Vara da Infância, Polícias Civil e Militar e entidades. "Será muito importante esse encontro para inclusive tentar reunir dados e definir estratégias para trabalharmos essa questão em nosso município. Precisamos da ajuda de toda a sociedade nessa tarefa", declarou.

Entre as ações desenvolvidas pelo programa estadual está o banco de DNA do Projeto Caminho de Volta, que auxilia na busca por desaparecidos. Os pais registram Boletim de Ocorrência em caso de desaparecimento de criança ou jovem até 18 anos. No ato, é colhida uma gota de sangue da mãe ou pai, que vai para o banco de DNA da Faculdade de Medicina da USP. Quando encontrada uma criança ou jovem em abrigo ou nas ruas, é colhida amostra de sangue e comparado se aquela pessoa consta no registro de desaparecidos. Vários casos já foram solucionados com apoio do banco de DNA.

Outra iniciativa estadual é o sistema Foto na Escola, que a partir de setembro deste ano irá manter o cadastro fotográfico dos alunos da rede pública de ensino. Inicialmente, dez escolas da Capital serão contempladas. Em outubro serão 100 escolas, em novembro e dezembro, 500 em cada mês. A expansão para toda a rede acontecerá em 2014. A foto atualizada, disponível nas instituições de ensino, será acessada também pela Polícia se ocorrer desaparecimento e for registrado o Boletim de Ocorrência. Já a polícia de São Paulo realiza procedimentos de envelhecimento de fotos em 3D e, desde 2012, esse serviço está disponível para a população.

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