da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
A atividade inclui um bate-papo com Dan Robson, ecoesportista que está realizando uma expedição ao longo do rio Sorocaba
A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) realizou na manhã desta terça-feira (7) atividades de Educação Ambiental com 90 alunos da EE "Enéas Proença de Arruda" (Jardim Maria do Carmo), no Parque das Águas, no Jardim Abaeté. Além de participar de uma visita monitorada no espaço, as crianças puderam conferiram a exposição "Biodiversidade do rio Sorocaba", e, ao final, conversaram com Dan Robson, o ecoesportista que realiza uma expedição ao longo do rio Sorocaba pelo projeto "Águas do Amanhã".
Durante o bate-papo com Dan Robson, as crianças puderam conhecer um pouco da experiência vivida por ele nestes primeiros dias de expedição e souberam como foi o trabalho realizado no rio Tietê em anos anteriores. Desde o último sábado (4), em um caiaque, ele está percorrendo um trecho de aproximadamente 200 quilômetros do rio, entre as cidades de Ibiúna e Jumirim, passando pela cidade de Sorocaba, para fazer uma análise da qualidade da água.
No Parque das Águas, acompanhados de monitores, eles fizeram uma visita monitorada, na qual puderam saber mais sobre a fauna do rio Sorocaba encontrada em perímetro urbano, lagoas marginais e seu papel ecológico, Programa de Despoluição do Rio Sorocaba e seus impactos sobre a fauna, a lei de crimes ambientais e maus tratos de animais silvestres, entre outros.
Já na exposição "Biodiversidade do rio Sorocaba", as crianças conferiram animais taxidermizados como cágados, ratão-do-banhado, biguá, lontra, peixes, jacaré-do-papo-amarelo, entre outros, que habitam a região. O objetivo foi de sensibilizá-los a respeito dos animais que habitam o rio.
"Trabalhar a educação ambiental com moradores e com as escolas do bairro é muito importante para proteger a biodiversidade local e para não acontecer fatos como o jacaré-do-papo-amarelo que habitava a região e que foi morto por um morador de rua, em março do ano passado, ao ser atingido por uma barra de ferro no crânio", explica Rafael Castellari, chefe de Educação Ambiental da Sema. O réptil, um macho adulto de 1,72m de comprimento, foi taxidermizado e é utilizado nas ações de educação ambiental da administração.
No local, um biólogo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) também realizou um bate-papo com as crianças sobre a questão da poluição e do tratamento de esgoto realizado no rio Sorocaba.
A garota Lara de Souza de Oliveira Silva, de 10 anos, mora no bairro e foi uma das participantes da ação educativa. Ao lado de suas amigas, ela pode conhecer outros aspectos que normalmente não observa quando frequenta com sua família o Parque das Águas. "Eu aprendi que não podemos maltratar os animais e muitas pessoas fazem isso. Elas fazem bolsas e casacos com o couro e a pele de alguns animais", comentou.
Durante a visita monitorada, acompanhada do técnico ambiental da Sema, José Carmelo de Freitas Junior, ela aprendeu também sobre as espécies de árvores existentes no parque. "O José pintou o rosto com a tinta do urucum, uma árvore que tem aqui no parque, que é a mesma que os índios usavam como tinta para pintar o rosto deles", contou Lara.
Para a professora da turma, Leyva Evaristo de Goes, a atividade foi muito interessante e produtiva. "Foi uma aula maravilhosa. Tudo o que vemos nos livros em sala de aula, pudemos conferir hoje aqui no Parque das Águas ao vivo. Dessa maneira, eles aprendem muito mais", declarou.
Sobre a expedição no rio Sorocaba
Idealizada por Dan Robson, a iniciativa faz parte do projeto "Águas do Amanhã", que visa nos próximos 10 anos a analisar vários rios do Brasil e do mundo. Em Sorocaba, a ação contará com o apoio da Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, e da Fundação SOS Mata Atlântica.
Durante a expedição, estão sendo coletadas amostras da água a cada quilômetro do rio Sorocaba, de sua nascente à foz, para análise do seu conteúdo químico, além de elaborar um mapeamento da qualidade da mesma e suas condições para consumo humano. Serão analisados mais de 10 parâmetros mundiais, como a temperatura da água, o PH (potencial hidrogeniônico), oxigênio dissolvido, nitrogênio amoniacal e coliformes.
"Além de fazermos um laudo técnico ao final da expedição, nós vamos entregar soluções adequadas às prefeituras para os pontos críticos que encontrarmos, inclusive com a tecnologia a ser aplicada e os custos para a sua execução", explica Dan Robson. O relatório final, que ficará pronto aproximadamente 10 dias após o fim da expedição, será disponibilizado no site www.dan.com.br e será enviado às prefeituras e empresas responsáveis pelo tratamento de esgoto e à Organização Mundial da Saúde (OMS).