da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
"Não basta ter uma porta de entrada, mas é fundamental que tenhamos várias portas de saída", foi assim que o prefeito Antonio Carlos Pannunzio se posicionou no início da noite desta sexta-feira (2) diante da proposta que o representante da Ordem dos Advogados do brasil (OAB) no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), Cid Vieira de Souza Filho, de que o município instale uma unidade local.
Capitaneado pelo vereador Rodrigo Manga, o encontro culminou com um compromisso da constituição de uma comissão, que vai avaliar os caminhos a serem percorridos até a efetivação de uma unidade do centro. Para a vice-prefeita e secretária da Juventude, Edith Di Giorgi, não se trata apenas da criação de mais uma ferramenta visando tirar as pessoas das drogas. A questão, conforme disse, é mais extensa e se abre num leque que abrange mais do que o dependente químico. Para ela, é imprescindível que se crie uma rede de amparo ao usuário de drogas que tenha começo, meio e fim.
Neste sentido, Pannunzio reiterou ser fundamental que o diálogo entre todos os agentes da sociedade que, direta ou indiretamente, se relacionem com a questão a fim de se estabelecerem políticas completas de combater o problema das drogas.
Pannunzio assumiu que vai se engajar nesse trabalho mas, como em todas as suas ações, dando os passos certos, no momento certo. "Não podemos repetir erros do passado, pois o custo disso é muito maior do que financeiro. Há um custo social, de estrutura familiar muito grande", disse.
Pela proposta, o Cratod seria uma possibilidade de os dependentes, familiares ou responsáveis buscarem ajuda para solução do problema que vislumbra, ainda, a internação compulsória do viciado; desde que avaliada por psiquiatras e determinada pela Justiça.
Uma estatística apresentada pelo advogado Cid Vieira, que presidente da Comissão de Estudos Sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins da OAB, até o final de abril dos 1.075 atendimentos prestados pelo centro, 140 se traduziram em internações, em sua maioria, involuntárias; ou seja, decididas pelos parentes.
"O problema com as drogas nos preocupa e muito.Temos uma juventude vitimada por essa questão e por isso mesmo vamos tratar o assunto com muita seriedade", assumiu o prefeito ao pedir que, juntamente com funcionários de todas as secretarias que estejam relacionadas com a questão – Saúde, Juventude, Educação, Trabalho, Cidadania – membros do Legislativo se unam para tratar o assunto e, a partir disso, traçar os caminhos que levam até a efetiva instalação do Cratod em Sorocaba.