Consumidor deve tomar cuidados na hora de comprar ovos de chocolate e peixes

22/3/2013 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

Ao leite, meio amargo, com castanhas e frutas, recheados, branco, com alto porcentual de cacau... de grife. Não importa, ovos de chocolate são a tradução mais festiva da Páscoa. E que o digam isso as crianças. A essas, os celofanes, laminados, laços e fitas que se multiplicam em cores nas prateleiras de supermercados e lojas especializadas são objeto de realização de desejo.

E na hora da compra, justamente pelo leque à disposição da clientela é importante observar alguns pontos que ajudam a evitar problemas ou decepções.

Segundo o Procon Sorocaba, pela sazonalidade dos ovos de chocolate, os preços acabam sendo muito diferentes daqueles praticados na venda das barras de chocolate, ou de caixas de bombons, por exemplo. Como em tantas outras épocas comercialmente efervescentes, o consumidor deve pesquisar preços, pois há diferenças significativas entre estabelecimentos.

A opção pelos ovos de chocolate deve levar em consideração, ainda, o peso dos produtos, pois as numerações indicadas pelos fabricantes nos rótulos não são equivalentes entre as marcas. Quando houver inclusão de brinquedos no interior do ovo, deve-se observar se na embalagem existe o selo com a idade recomendável para seu uso, além da seguinte frase: "Atenção! contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade".

Quanto à embalagem em si, ela deve estar em boas condições de armazenamento, longe de produtos de limpeza ou de produtos e locais com forte odor ou pontos de fonte de calor. "O consumidor deve prestar atenção e verificar se não há sinais de violação do conteúdo, furos ou amassados, pois é a embalagem que protege o produto de insetos e de contaminação", explica o diretor do órgão, Domingos Paes Vieira Filho.

Ao optar por ovos, bombons ou colombas de fabricação caseira, o consumidor poderá  solicitar uma visitação à cozinha e até mesmo a degustação do produto antes da compra. Os fornecedores de produtos fabricados artesanalmente, além de terem de seguir as mesmas regras de comercialização dos industrializados, também, estão obrigados a fornecer nota fiscal. Assim como em linha de produção industrial, os rótulos devem trazer, além da identificação do fabricante, a data de validade, peso e a composição, já que determinadas doenças impedem aos seus portadores a ingestão de açúcar ou glúten, por exemplo.

Um olho no peixe...

Tradição católica, a adoção da dieta à base de peixes na Sexta-Feira Santa traz algumas dicas importantes para quem vai comprar o produto, principalmente, fresco.

Os peixes frescos devem estar expostos e conservados em gelo. A higiene e o armazenamento são itens importantes a serem verificados. No supermercado, o produto deve estar em balcão frigorífico e na feira necessita ter gelo picado por cima, ficar exposto em balcão de aço inox inclinado e protegido do sol e insetos, além de ser obrigatório que o feirante use luvas descartáveis.

No caso do peixe congelado e aqueles que são vendidos em embalagens, o balcão de armazenamento não pode estar superlotado. Isso, explica o diretor do Procon, porque o excesso de produto impede a circulação do ar frio e compromete sua qualidade. O produto congelado deve estar conservado sempre a temperaturas inferiores a 18 graus, enquanto que o resfriado, abaixo de zero grau.

Ao comprar peixe e frutos do mar embalados, é importante checar o peso líquido, identificação do país de origem e do produtor, lote, registro no órgão de fiscalização competente, indicação de temperatura para conservação, data de acondicionamento e prazo de validade, além do carimbo do Serviço de Inspeção Federal. Em São Paulo, este carimbo pode ser substituído pelo do Serviço de Inspeção de São Paulo ou Serviço de Inspeção Municipal.

Nem todo peixe salgado é bacalhau

Do ponto de vista técnico, entende-se por peixe salgado e seco o produto elaborado com peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça e convenientemente tratado pelo sal, que não deve conter mais de 40% de umidade para as espécies consideradas gordas, tolerando-se 5% a mais para as espécies consideradas magras.

Dentro destas características, existem cinco tipos diferentes de peixes salgados secos no mercado brasileiro: Gadus morhua (Cod), Gadus macrocephalus, Saithe, Ling e Zarbo. As duas primeiras espécies são conhecidas como bacalhau, sendo as demais consideradas pescados salgados.

Para que o consumidor possa saber um pouco mais sobre os tipos, o Procon elenca abaixo as características de cada um:

Gadus morhua (Cod) - é o legítimo bacalhau, também conhecido no Brasil como "Porto" ou "Porto Morhua". É pescado no Atlântico Norte e considerado o mais nobre bacalhau. Normalmente é o maior, mais largo e com postas mais altas. Tem coloração palha e uniforme quando salgado e seco. A cauda possui a cor cinza, é acentuada e de forma triangular, e forma lascas quando é cortado.

Gadus macrocephalus - conhecido como "Portinho", "Codinho" ou Bacalhau do Pacífico, é muito semelhante em aspecto com o Gadus morhua. No entanto, possui algumas diferenças em relação ao legítimo bacalhau: ele não se desmancha em lascas, e é fibroso. Uma forma de diferenciá-lo é observando a coloração;  essa espécie tem a carne mais clara, também forma lascas, mas a cauda tem borda esbranquiçada.

Saithe - possui uma musculatura mais escura e sabor mais forte. Muito mais barato que o bacalhau, é utilizado para bolinhos, saladas e ensopados, porque quando cozido sua carne desfia com facilidade.

Ling - é bem claro e mais estreito que os outros tipos.

Zarbo - é o mais popular e os peixes, geralmente, são menores que os demais tipos. A cor é palha em todo o corpo e possui apenas uma barbatana.

Independente de qual espécie for comprar, o consumidor deve procurar conhecer a procedência do bacalhau. Uma boa pesquisa de preços e tipos de qualidades pode levar a uma compra mais acertada e, para evitar problemas, não adquira qualquer produto que apresente manchas avermelhadas ou pintas pretas no dorso;  sinais que indicam a presença de bolor ou deterioração.

Dúvidas podem ser esclarecidas pessoalmente no Procon, à rua Dr. Nogueira Martins, nº 513 – Centro ou pelos telefones 0800.148029 (discagem gratuita somente para Sorocaba)  ou (15) 3233.7498.

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