da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
A Usina Cultural "Ettore Marangoni", localizada à margem direita do rio Sorocaba, um dos locais atingidos pela grande enchente de 1929, foi ponto de parada.
Apesar do tempo instável, com chuviscos, dez pessoas participaram gratuitamente do Tour do Rio Sorocaba na manhã desta terça-feira (19). A atividade de Educação Ambiental ocorreu dentro da programação da Semana do Rio Sorocaba e do Dia Mundial da Água, ambos comemorados nesta sexta-feira (dia 22).
Promovido pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), o objetivo da visita monitorada foi de sensibilizar as pessoas quanto à preservação do rio Sorocaba, além de oferecer à população a oportunidade de conhecer seus aspectos históricos e ambientais.
Partindo do Parque da Biquinha em uma van, os participantes percorreram um trecho que vai da Cachoeira da Chave, em Votorantim, até a ETE S1, no Retiro São João, passando pela Cachoeira dos Guimarães, Usina Cultural "Ettore Marangoni" e o Parque das Águas, no Jardim Abaeté. Em cada parada, os técnicos da Secretaria do Meio Ambiente abordaram as questões ambientais e as curiosidades de cada um dos locais.
A grande enchente de 1929
Na Usina Cultural, por exemplo, o grupo pode observar uma fotografia de 20 de janeiro de 1929, registro da maior enchente que Sorocaba sofreu, quando a água do rio atingiu a metade do prédio. Inclusive, na parede do imóvel existe a marca da altura que chegou a água, com a data registrada em números romanos.
"Esse prédio ficou embaixo d'água. Isso é um fato que ocorreu antigamente e vai acontecer sempre, porque nós ocupamos a sua margem. O rio necessita dessa área, faz parte seu do ciclo anual, inclusive para a reprodução de alguns animais", explicou Carolina Barisson, gestora de desenvolvimento ambiental da Sema.
Um dos participantes do Tour do Rio Sorocaba foi o aposentado Valdir Ferreira, morador do Jardim Europa. "Hoje o nosso rio está bem conservado. Ganhamos até prêmio com ele. Temos que dar parabéns a nossa Prefeitura por termos um rio tão bonito como esse atravessando a nossa cidade", comentou.
O aposentado Benedito de Lázaro Almeida, morador da Vila Santana, trabalhou entre 1963 e 1976 na Fábrica Santo Antônio, e lembra muito bem de como era o rio Sorocaba antigamente e do seu antigo percurso. "O rio foi desviado", comentou. Ele participou da atividade acompanhado da sua esposa, a aposentada Célia Cleto Almeida, e do seu neto Gustavo, de apenas 3 anos. "Esse passeio é muito interessante, realmente maravilhoso. Sempre tive curiosidade de conhecer esses locais", declarou Célia.
Sobre o rio
Considerado o maior afluente da margem esquerda do rio Tietê, o rio Sorocaba tem 180 quilômetros de extensão em linha reta e 227 quilômetros, considerando seu leito em seu trajeto natural. Além de Sorocaba, ele é margeado pelas cidades de Ibiúna, Votorantim, Iperó, Boituva, Tatuí, Cerquilho, Jumirim e Laranjal Paulista.
Desde 2000, a Prefeitura de Sorocaba, por meio do Saae, vem desenvolvendo as obras do Programa de Despoluição do Rio Sorocaba, complexo de intervenções que consiste na coleta, afastamento e tratamento de todo o esgoto produzido na cidade, livrando o leito dos córregos e do rio dessa carga de efluente.
"Hoje, tratamos 96% do nosso esgoto doméstico. Temos que ficar realmente muito felizes pelas condições que o rio Sorocaba se encontra atualmente, com o retorno da fauna. Agora podemos observar a existência de diversas espécies de aves, répteis e mamíferos habitando o rio, como por exemplo a família de ratões-do-banhado e exemplares de jacaré-do-papo-amarelo que habitam a região do Parque das Águas", ressaltou Carolina Barisson.