da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
"Eu a-do-ro." Foi assim, fazendo questão de separar as sílabas no falar, que a advogada aposentada Marilene Costa, 68 anos, avaliou o seu envolvimento com a chamada dança circular. Ela é uma das 93 pessoas inscritas nessas aulas, que acontecem todas às quartas-feiras das 15h às 16h30 no Clube do Idoso, que funciona em Pinheiros, em espaço público da Prefeitura de Sorocaba ao lado da ponte do Rio Sorocaba.
Mas, afinal, por que é a dança circular que tem atraído tantas pessoas?
Conforme a focalizadora Maria Inês Moron Pannunzio, que ministra as aulas, gratuitamente, as danças circulares "consistem em coreografias inspiradas em danças de antigas culturas, ligadas à história dos povos". Ela destaca que neste tipo de dança em roda, com compartilhamento de ritmos e passos, as pessoas expressam o seu ser, percebem o corpo em movimento, estabelecem relação com o grupo e ampliam a consciência individual e grupal. "Num clima de cooperação e alegria, trabalham coordenação motora, atenção, lateralidade e concentração", disse.
"Dança circular não é só dança. Ela desenvolve a concentração, a memória, a lateralidade. Parece simples, mas não é", completou a aluna Marilene.
A dança é desenvolvida com todos os participantes de mãos dadas, numa demonstração de união do grupo. O casal Celso de Souza, estofador, de 66 anos, e Syrlei Pires de Morais Souza, 63 anos, professora, dança junto. "Faz muito bem para a saúde, mexe com a memória, com a coordenação motora e sensibilidade musical. É uma dança de cura", disse ela com a concordância do marido.
A professora aposentada Nadia Sofia Martins Cruz, 64 anos, ressaltou que a dança "acalma e traz muita paz. Faz a gente se interiorizar, ter paz interior". Ela participa do grupo de dança desde o final do ano passado. Já Santina Canavesi, autônoma aposentada, 72 anos, foi assistir à apresentação e não resistiu. "Gosto de dançar. Todo tipo de dança faz bem para a mente. É uma terapia."
Outro que gosta de dançar é o mecânico de manutenção e fotógrafo aposentado Afonso Nithack, 79 anos.
As aulas, que são oferecidas desde a inauguração do espaço, contava com 25 alunos e hoje já são 93.
Maria Inês também oferece o curso na chácara do Idoso todas as segundas-feiras das 9h30 às 11h. Ali, os alunos também aprendem o Lian Gong, exercícios elaborados na década de 70 pelo médico ortopedista e traumatologista Zhuang Yuan Ming, residente em Shangai na China, e introduzidos no Brasil pela professora de filosofia e artes corporais chinesas Maria Lúcia Lee. Além de trabalhar o alongamento, a flexibilidade, o trofismo muscular e a coordenação, sua prática promove a reeducação postural.