Agentes de segurança avaliam Carnaval na cidade

15/2/2013 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

O Carnaval de 2014 começa a ser discutido em abril e várias mudanças serão propostas, tanto do ponto de vista da estrutura, quanto da realização de eventos em áreas distintas da cidade. Além disso, no que depender dos agentes de organização e segurança envolvidos na festa, muito há que se acordar para que, definitivamente, Sorocaba se insira num circuito de Carnaval em que todo e qualquer cidadão possa realmente desfrutar de algo saudável e seguro.

Em linhas gerais, foi esse o resultado da coletiva de imprensa, da qual participaram todos os órgãos envolvidos na realização festa em Sorocaba: as secretarias da Cultura e Lazer (Secult), de Saúde (SES) e de Segurança Comunitária (Sesco), as polícias Militar e Civil e o Conselho Tutelar de Sorocaba.

Numa avaliação conjunta, os representantes desses organismos viram como positivo o resultado das ações voltadas à realização da festa, principalmente, no que diz respeito à competência de cada setor na garantia de segurança da população. Mesmo diante dos problemas ocorridos durante a concentração do bloco Boca a Boca, no Campolim, domingo (10), quando menores se embriagaram, ficou claro que, também, as pessoas devem assumir sua parcela de responsabilidade acerca do direito coletivo.

"Até porque ninguém pode impedir um menor de beber, ele não está cometendo um crime. Comete crime quem vende bebida pra menores ou mesmo quem oferecer, mas não a criança ou o adolescente", disse a conselheira Silvia Campanati explicando que o trabalho do Conselho Tutelar não é coibitivo ou proibitivo, ele deve assegurar o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no que tange a vários aspectos, mas entra aí, também, a responsabilidade dos pais, da família.

Segundo a conselheira, inclusive, há todo um trabalho posterior ao registro de casos em que crianças e adolescentes se envolvem com problemas como o consumo de álcool, por exemplo. "Um trabalho como o nosso nunca acaba no local, após identificar o problema é que nossa atuação fica mais forte", disse.

A postura dos adolescentes e dos adultos que incentivam o consumo de álcool também foi comentada pelo capitão Atílio Gracco, subcomandante do 7º BPM/I. Conforme disse, o desafio que move os jovens precisa ser redirecionado. É preciso que toda a sociedade, incluindo a organizada, possa assumir esses desafios e inserir os menores em todo seu contexto.

Daí a discussão daquilo que deve acontecer nas manifestações culturais e de lazer devem, obrigatoriamente, ouvir essa parcela social. "Não podemos atribuir só à polícia, aos agentes de segurança e ao Poder Público a responsabilidade sobre as ações, é preciso que a comunidade também indique, diga aquilo que ela quer e aquilo de que ela precisa". Para o policial, é assim que os problemas serão diminuídos.

Minimizar esses problemas, aliás, foi sempre a tônica dos organizadores do Carnaval de Sorocaba e que colocaram todo o efetivo possível para garantir segurança. Para o delegado da Polícia Civil, Acácio Aparecido Leite, é importante rediscutir o Carnaval, mas sem perder de vista que a junção de pessoas, principalmente jovens em torno de música, resulta em bebedeira. "Antes da crítica, é preciso que a sociedade faça uma leitura desse quadro de modo mais abrangente e está claro que as pessoas não têm clareza de tudo o que envolve questões como as vividas recentemente", comentou.

Tranquilidade no sambódromo

Nos desfiles das escolas de samba de Sorocaba, cerca de 9 mil pessoas passaram pelo sambódromo da avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes. A avaliação é do comando da Guarda Municipal, parte do esquema de segurança da área e onde, nos dois dias de festa, não houve registro de ocorrências. "Tivemos uma briguinha entre moleques, mas a Polícia agiu rapidamente e tudo foi resolvido", disse o comandante da GCM, Benedito Zanin.

Essa foi a festa, aliás, que mais mereceu destaque por parte do secretário da Cultura, José Simões de Almeida Junior. Em paralelo ao sucesso da saída de três blocos pelas ruas da cidade e onde, também, não houve qualquer incidente, Simões disse que a festa do sambódromo foi a demonstração de que não se pode resumir a festa sorocabana a um parque, "ao comportamento de grupos que aproveitam de um momento de alegria para exagerar, desrespeitar", enfatizou dizendo que os excessos no Campolim aconteceram, justamente, após  o encerramento da concentração do Boca a Boca.

"Tudo o que foi acordado com os blocos foi cumprido. Cada um fez a sua parte. Mas não podemos nivelar uma festa inteira por uma fatia pela qual não temos condições, por mais que queiramos, controlar", reiterou. Simões falou em novos rumos para o Carnaval da cidade.

Da parte da Sesco, Roberto Montgomery enfatizou que a atuação da GCM, da fiscalização e de todos os agentes de segurança foi imprescindível. "A união dessas forças fez toda a diferença e conseguimos resultados muito bons; o que era nosso objetivo".

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