da assessoria de imprensa OS2 Comunicação
Sorocaba é referência em educação profissionalizante e atrai estudantes de outras cidades e até outros Estados do país
“Precisa-se de trabalhador qualificado.” A frase constante nos classificados de empregos revela o grau de exigência que vigora no mercado pela procura de candidatos a uma vaga de emprego. Sai na frente o profissional que apresenta melhor qualificação e entre os mais procurados estão aqueles que possuem uma qualificação técnica.
Dados do Ministério da Educação demonstram que a educação profissionalizante cresceu quase 75% na última década, atingindo a marca de 1,15 milhão de alunos neste período. Já o número de matrículas de alunos no ensino médio regular se estabilizou. Segundo os pesquisadores, o ensino técnico apresenta alguns fatores que estão atraindo os jovens: qualificação profissional, alta empregabilidade, ganho salarial e a entrada precoce no mercado de trabalho sem ter que dispor de tempo e investimento em um curso de graduação superior.
Outra característica apresentada pelo ensino profissionalizante é a diversidade de cursos, boa parte feitos para atender a demanda setorizada das indústrias, como é o caso da metal mecânica, aviação e petrolífera. Além disso, 57% das vagas na educação profissionalizante estão na rede privada, que possui uma gestão mais dinâmica e independente e por isso consegue moldar um currículo que atenda as necessidades do mercado de trabalho.
Sorocaba é referência
Percorrer mais de 350 km todos os sábados para estudar. Essa foi a rotina da jovem metalúrgica Alice Gomes Evangelista, de Cubatão (SP), que procurou a cidade para fazer o curso profissionalizante da Petrobrás, que habilita os alunos para atuar dentro dos padrões do Sistema Nacional de Qualificação e Certificação (SNQC). “Queria melhorar minha carreira e somente em Sorocaba encontrei um curso que atendesse minhas necessidades. Depois de concluir o curso eu recebi uma promoção e o ganho salarial melhorou bastante”, conta.
Segundo Luanda Bauly, diretora do Grupo Dseed, não é apenas o jovem que está em busca da primeira oportunidade no mercado de trabalho que procura uma formação técnica. “A formação profissional está alinhada com o potencial de empregabilidade e é comum encontrarmos trabalhadores que buscam melhorar sua qualificação e desta forma conquistam novos postos de trabalho e são melhores remunerados. E para atingir esses objetivos muitos desses trabalhadores/estudantes lançam mão de horas de lazer e descanso e viajam atrás deste conhecimento, de capacitação”, conta.
E foi em busca desta qualificação profissional que a jovem Afonselina Guimarães Freitas deixou Catu, no interior da Bahia, e veio estudar em Sorocaba. Depois de muito pesquisar na internet, encontrou o curso que desejava: Data Book, voltado para a área de controle de qualidade. Hospedou-se em um hotel enquanto fazia o curso que tinha a duração de dois finais de semana. Nesse período, o Grupo Dseed encaminhou o currículo para empresas da cidade e região e uma metalúrgica de Iperó demonstrou interesse e contratou Afonselina.
“A mudança na minha vida começou quando decidi aprimorar meus estudos encontrei o que procurava a 2 mil km de casa, mas valeu a pena. Para 2013 já tenho mais planos e pretendo cursar o curso técnico em metalurgia e soldagem”
Exemplos como de Alice e Afonselina, que decidem buscar novas oportunidades profissionais com uma melhor qualificação são contantes no Grupo Dseed, onde parte dos alunos viajam diariamente de outras cidades para encontrar o curso que desejam.
“Nosso objetivo é atender à demanda do mercado e estamos alinhados com a formação profissional que este setor necessita. Profissionais técnicos especializados em segmentos como soldagem, caldeiraria e pintura industrial são altamente valorizados no mercado e é comum o aluno concluir o curso já empregado, mas para isso é importante que a entidade, a escola responsável pela formação deste aluno seja reconhecida pelo setor e pelas empresas”, lembra Luanda Bauly.
Negócio da Índia
Até três anos atrás o jovem Thiago Ferreira, 25, sequer sonhava em conhecer a Índia. Em setembro de 2012 aterrissou naquele país contratado por uma grande mineradora brasileira. Tinha como missão conferir, testar e certificar pessoalmente toda a montagem, despacho e garantir a integridade no embarque de um equipamento comprado pelos empresários brasileiros.
“Durante cinco anos trabalhei na caldeiraria e percebi que precisava dar uma guinada na minha vida. Fiz três cursos técnicos, como de inspetor dimensional e metalurgia, e minha ascensão dentro da empresa foi imediata”, conta.
Segundo Ferreira, a formação acadêmica aprimorou sua vivência prática e mostrou novas oportunidades de atuação. “No último mês do meu curso eu abri uma empresa de consultoria e graças ao networking (rede de contatos), conquistado durante os cursos e consultorias, eu já tinha uma grande demanda de clientes, inclusive com viagem ao exterior”, comemora o novo empreendedor, retrato fiel de uma nova realidade que o país vive, graças à ascensão da nova classe média, que vê a educação e a qualificação profissional como investimento.