da assessoria de imprensa da prefeitura de Sorocaba
Na manhã desta terça-feira (21) aconteceu o primeiro Tour do Rio Sorocaba. Em um micrôonibus, num percurso de mais de 11 km e mais de três horas de duração, os participantes conheceram aspectos históricos e ambientais sobre o rio e suas curiosidades. Promovido pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), a atividade prossegue nesta quarta-feira (21) e segue até sexta-feira (23), sempre das 8h às 12h, como parte das atividades para marcar a passagem do Dia do Rio Sorocaba e do Dia Mundial da Água, ambos comemorados nesta quinta-feira (22). Todas as vagas já foram preenchidas.
A ideia do passeio é sensibilizar os participantes em relação ao Rio Sorocaba. "Queremos aproximar a população do nosso principal manancial, conscientizar e chamar a atenção para os problemas ambientais, além de mostrar todo o trabalho que está sendo realizado pela Prefeitura nas questões do Rio Sorocaba", explica Welber Smith, diretor de Educação Ambiental da Sema. A partir de abril, o passeio será oferecido uma vez por mês.
A primeira parada do grupo foi na Cachoeira da Chave, no bairro do mesmo nome, em Votorantim. Além de contemplar as belezas naturais do local, as pessoas conheceram algumas curiosidades da história. "Dom Pedro II era um grande frequentador desta cachoeira. Ele costumava vir de carruagem para tomar banho nessas águas antes de seguir até a Floresta Nacional de Ipanena (a Flona), onde tinha uma casa", explicou Welber.
Em seguida, os participantes conheceram a Cachoeira dos Guimarães, já em Sorocaba. Neste local, Welber explicou sobre a questão da desova dos peixes e comentou do estudo que a Prefeitura está realizando com alunos do curso de Biologia, da Unip. Na cachoeira, os peixes são pesados, medidos e identificado o sexo antes de voltarem para a água, permitindo a catalogação das espécies. Os dados são registrados e cada exemplar é identificado com uma miçanga colorida presa na região dorsal. "Se alguém pescar um peixe com essas miçangas deve entrar em contato na Secretaria do Meio Ambiente para podermos incluir em nossos estudos", explica Welber.
Anna Júlia Trevisani, 6 anos, ficou encantada com as duas cachoeiras visitadas. "Adorei o passeio. As cachoeiras são os locais que eu mais gostei", contou a garota, que foi acompanhada de sua avó, a aposentada Olinda Francisca de Souza, do Jardim Maria Eugênia. "Trouxe minha neta para que ela conhecesse assuntos diferentes e importantes que, às vezes, a gente não tem oportunidade e nem muito conhecimento para abordar diretamente com ela. Gosto de ensinar-lhe a jogar o lixo no local certo e esse tipo de aprendizado, como esse passeio pelo rio, servirá para o futuro dela!", destacou Olinda.
O terceiro ponto de parada do tour foi a Usina Cultural "Ettore Marangoni". No caminho, os participantes viram algumas fotos antigas que destacaram grandes alagamentos que ocorriam na cidade, como o de 1929 quando a usina ficou com água até a metade do prédio. Ainda, neste local, foram destacadas as retificações realizadas em alguns trechos do Rio Sorocaba para a implantação da Avenida Dom Aguirre, entre 1944 e 1960.
Em seguida, o grupo seguiu até o Parque das Águas, no Jardim Abaeté. Lá foram mostradas as 12 estações elevatórias implantadas ao longo do rio e os locais permitidos para a pesca. No parque, Welber frisou aos particiantes do passeio a importância das várzeas para os rios. "Entre dezembro e fevereiro, época de muita chuva, o rio toma conta desse parque – local denominado de 'lagos de várzea' – e no restante do ano ele o devolve para utilizarmos. Ao contrário do que muitos pensam, nós é que invadimos o espaço do rio", ressaltou.
Por último, o grupo conheceu a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) S1 - a primeira unidade construída pela Prefeitura e responsável pelo tratamento de 40% do esgoto do município. Rodrigo Miranda, técnico químico do Saae, explicou aos visitates como funciona o sistema. "O esgoto sai das residências e é bombeado pelas estações elevatórias ao longo do rio até chegar aqui, para tratamento. As nossas estações imitam o trabalho que o rio já realiza, só que mais devagar e em menos quantidade", completou.
O trajeto do esgoto das residências dos sorocabanos até a ETE dura em média 12 horas. Já o tratamento dura de 6 a 8 horas. Atualmente, a estação tem capacidade média de tratar 600 litros de esgoto por segundo.
O instrutor de trânsito Cláudio Zelizi, de 49 anos, da Vila Hortência, conta que gostou do tour. "Esta foi uma ótima iniciativa da Prefeitura para a conscientização das pessoas. No passeio, pudemos conhecer algumas histórias interessantes sobre o rio. Sou orgulhosos de morar numa cidade que tem um dos rios mais bonitos do mundo", elogiou o munícipe.
O Dia do Rio Sorocaba acontece na mesma data do Dia Mundial da Água, estabelecido pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1993, para reflexão sobre a importância da água para a vida, a preservação de mananciais e seu uso racional.