da assessoria de imprensa da câmara de Sorocaba
Helio Godoy (PTB) fez solicitação durante homenagem a jornalista
O líder do PTB na Câmara de Sorocaba, Helio Godoy, conseguiu que o Legislativo exponha no saguão da Casa as fotos e vídeos da 4ª Caminhada Neco Mineiro, realizada no mês passado pelo jornalista José Jesus Vicente e pelo profissional de TI Reinaldo Oliveira.
O pedido foi feito à presidência da Câmara nesta quinta-feira (5) durante a homenagem que o vereador prestou à dupla pela travessia a pé e de carona eventual dos 2,5 mil quilômetros que separam Sorocaba de Canudos, no sertão da Bahia, cumpridos entre os dias 9 e 19.
“Queremos que mais gente possa compartilhar dessa aventura antes mesmo de um possível livro, que deve registrar todas as edições da caminhada, porque se trata de uma aventura histórica e importante para transferir conhecimentos”, afirmou o vereador.
Durante a entrega dos votos de congratulações, o jornalista José Jesus Vicente agradeceu e disse que pretende agendar a exposição brevemente, além de contar em rápidas palavras como foi a viagem, os personagens que conheceram e a experiência que acumularam.
Helio Godoy afirmou que é importante revisitar a história para que a sociedade se conscientize dos fatos. “Sobretudo em um país que tem dotação orçamentária para anistia”, disse em tom crítico. “Não se pode institucionalizar o perdão financeiro para justificar atrocidades.”
A Caminhada Neco Mineiro é uma reverência de Vicente ao seu avô, o homem como ele chama caboclo Manoel Moreira Castilho, nascido em 1886, que se tornou conhecido por cumprir longos percursos a pé no tempo em que o transporte era uma questão de condição financeira.
Ela consiste em percorrer a distância entre Sorocaba e o município de Canudos, na Bahia, usando apenas o percurso a pé e caronas conseguidas sem uma programação definida, enquanto o jornalista registra com fotos, vídeos e texto todas as vivências da caminhada.
Mochila e disposição
Para realizar a aventura deste ano, a dupla tomou 60 caronas e passou por 72 municípios e povoados. O destino final foi uma revisita à história da guerra que marcou o sertão nordestino. “A guerra de Canudos nunca existiu. O que existiu foi o massacre de Canudos”, disse Vicente.
Os caminhantes levaram apenas uma mochila com roupas para a viagem. A alimentação foi comprada no caminho e ganha também conforme o local. Para registrar a aventura, além de bloquinhos de anotações, eles levaram filmadora, câmera e notebook.