da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba
Conheça duas professoras exemplares que executam atividades extremamente profundas às crianças –uma na educação infantil e a outra no ensino fundamental
O ofício de um professor é algo muito nobre, pois se espera deles, além de ensinar com clareza, também identificar as particularidades de cada um de seus aprendizes. Para tanto, apenas lecionar não é suficiente, mas para entender os sentimentos de cada aluno é necessário ter uma aptidão investigativa e muito perspicaz.
Esta tarefa de identificar cada passo do estudante – seja uma dificuldade em algo específico ou uma facilidade mais destacada num determinado tipo de atividade – torna o trabalho do docente mais completo. Na rede municipal de ensino de Sorocaba existem duas professoras que exemplificam de maneira excelsa esta sensibilidade necessária dentro da sala de aula para com os alunos.
A professora, Ana Paula Libório Arruda, leciona na E.M. Matheus Maylasky há um ano, para turmas do 6o ano e 9o ano, e na classe hospitalar do Gpaci pela E.M. Dr. Getúlio Vargas, para alunos do 6o ano ao ensino médio há quatro anos. Ana Paula é efetiva na disciplina de Língua Portuguesa.
A professora procura realizar projetos e atividades que priorizem a leitura e a produção de texto, pois ela entende que ambas são indissociáveis e igualmente relevantes para a aprendizagem. Atrelado a isso, essas atividades proporcionam temas que suscitam reflexões importantes como combate ao bullying, respeito às diferenças, solidariedade e cultivo da autoestima. No hospital Gpaci, as práticas de leitura e escrita ocorrem em espaços diferenciados, mas são igualmente exploradas na disciplina de Língua Portuguesa. “Considero a sala de leitura o principal espaço para promover essas atividades e fomentar este exercício, pois é fundamental a parceria e o apoio dos professores das salas de leitura”, disse a professora Ana Paula.
Na escola Matheus Maylasky, Ana Paula junto com a professora Joice Lopes Dias, desenvolveram um projeto intitulado ‘Bullying: quando a brincadeira perde a graça’, partindo da leitura do livro Extraordinário, obra do autor R.J. Palácio. As rodas de leitura proporcionaram debates e resultaram na elaboração de histórias em quadrinhos produzidas pelos alunos dos 6os anos.
A professora Ana Paula revela a motivação para lecionar com tanta aplicação. “Ser professora é um exercício de esperança, é cuidar da semente com a expectativa de que, independente do tempo de cultivo, um dia, os frutos surgirão”, conta.
A professora, Karina Munhoz Paes, atua na rede municipal há três anos e atualmente leciona no CEI-96 “Prof.ª Adelaide Piva de Lima” para 23 alunos com idade entre dois e três anos.
Ela baseia seu trabalho na ludicidade e bem-estar das crianças, para que elas possam aprender de maneira prazerosa. “Costumo valorizar muito desenvolvimento da autonomia e a socialização entre elas, nesta idade as crianças ainda estão na fase egocêntrica, portanto é preciso criar um ambiente favoreça a interação social e trabalho em equipe”, explica.
Pensando neste objetivo, ela elaborou um projeto intitulado ‘Tenho monstros na barriga’ baseado no livro da autora Tonia Casarin, que relata sobre sentimentos. “Através deste trabalho as crianças passam a identificar seus próprios sentimentos, aprendendo a nomeá-los, reconhecer expressões corporais e como desenvolver ferramentas para lidar com eles”, disse a professora.
Este projeto conta também com a participação da família que recebe a visita do monstro da alegria em sua casa e registra os momentos de interação com a criança relatando em seu caderno, o que deixa seus familiares felizes e colando fotos da visita.
A professora Karina também faz diversas outras atividades, tais como leitura, exercícios de psicomotricidade, ateliê de artes, variados tipos de pinturas – com bexigas, em plástico filme, com pincel de esmalte, sprays, entre outros. Apesar das dificuldades diárias que os professores enfrentam, Karina revela a gratificação de ensinar. “Cada sorriso, cada conquista nos fortalece e incentiva a continuar, como diz Paulo Freire, não se pode falar de educação sem amor, e para mim, essa é a palavra que resume minha profissão”, e completa, “Não há nada mais gratificante do que ver seus alunos se desenvolverem com autoconfiança, autonomia e de maneira segura e feliz”.