Incubação de startups no PTS ajuda a levar ideias ao mercado em Sorocaba

22/2/2017 - Sorocaba - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Sorocaba

224262_CSB190217B001F02

A inovação e o empreendedorismo em épocas de crise têm-se mostrado uma solução viável para muitas pessoas que aceitam o desafio. A tarefa não é fácil, pois requer pesquisa, estudo, experiência, paciência e, principalmente, recursos financeiros para colocar uma ideia, transformada em um produto ou serviço, num mercado cada vez mais competitivo. Por vezes, é necessário abrir mão de alguns projetos ou trabalhos para dedicar-se quase que, integralmente, à proposta incubada.

O bom disso tudo é que há espaço para todos, conforme observa Marcelo De Santis Ferreira, coordenador de incubação da Inova Sorocaba, que opera em laboratórios montados no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS).

Atualmente, a Inova mantém incubadas 23 startups. Entre as atuantes estão a We Step Clean e a Contim — esta última, segundo Ferreira, em processo de graduação.

A cineasta Andrea Sant”Anna é sócia-proprietária da We Step Clean, que há cerca de um ano está incubada em Sorocaba, onde desenvolve dois produtos para pets, comedouro e pata-limpa, produzidos com uma resina especial obtida do óleo de mamona. “Essa é a nossa matéria-prima. É um produto atóxico e biodegradável”, afirma a campineira Andrea. Segundo ela, se você enterrar o comedouro, por exemplo, em quatro meses ele se degrada. “Além disso, não deixa resíduo de metal pesado, e enquanto em uso ele dura três vezes mais que o plástico.”

Em três meses, o primeiro produto — o comedouro — estará disponível no mercado ao preço de R$ 35 a R$ 50. Oito mil unidades foram produzidas e teve validação nos Estados Unidos e também no Brasil. Andrea vai sentir a receptividade do produto para, em seguida, montar a linha de produção e formatar o modelo de empresa ao lado de seu sócio, o designer de produtos Eduardo Bertasso, que mora em Batatais.

A produção é feita em Natal (RN), onde ficam as fábricas de resina utilizadas para a empresa da cineasta. O pata-limpa é uma esteira em que o cachorro limpa as patas, eliminando bactérias. Ela idealizou esse produto após uma visita à casa de uma irmã, no Natal de 2011. “Nós subíamos uma escada rolante e, em um espelho, a imagem refletida daquele movimento me trouxe a ideia de desenvolver a esteira pata-limpa”, lembra. O cachorro da empreendedora era um labrador de cor mel que atendia pelo nome Muni, falecido há dois anos. Os dois produtos são 100% brasileiros. O pata-limpa, segundo ela, demorará um pouco mais para ser lançado.

“A importância da incubação é ter acesso a toda a estrutura de um parque tecnológico e aos serviços oferecidos, tais como consultorias, workshops, rodadas de negócios e networking. A incubação prepara as startups (empresas voltadas à inovação e tecnologia) para que ingressem mais bem preparadas no mercado, potencializando as oportunidades de sucesso”, afirma coordenador de incubação da Inova Sorocaba.

Para participar do programa de incubação é necessário participar dos editais de seleção. Eles são abertos duas vezes ao ano.

Startup dedica-se à Internet das Coisas

Já não mais incubado, a Contim Automação de Sistemas desenvolve softwares para a Internet das Coisas, entre eles programas voltados para verificação do consumo de energia elétrica e monitoramento do consumo de água em edifícios. “A crise mostrou às pequenas empresas que é possível desenvolver programas para serem aplicados na Internet das Coisas”, afirma o engenheiro eletricista formado pela USP, o sorocabano Thiago Ragozo Contim, que incubou a startup por quatro anos no PTS, a partir de 2012.

Contim prestou serviços no laboratório da USP. Atualmente, como professor da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Sorocaba, onde entrou em 2011, ele lembra que antes de se formar engenheiro montou uma empresa para desenvolver equipamentos eletrônicos e softwares, ao mesmo tempo em que trabalhava como operador no mercado financeiro para conseguir dinheiro e investir na empresa.

“Sempre trabalhei com projetos e estudo e pesquiso as tecnologias recentes”, observa o empreendedor. Em 2007, desenvolveu um simulador para a Marinha do Brasil que planejava montar a corveta Barroso. Em 2008, iniciou trabalho com a empresa Vale, montando simuladores de trem para treinar maquinistas da empresa. Segundo ele, já foram entregues 12 simuladores que foram designados para fábricas em Vitória (ES), São Luís (MA) e Divinópolis (MG). Trabalha, também, em sistemas de teste de peças para a montadora Mercedes-Benz.

Compartilhe no Whatsapp