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Dr. GILBERTO POMPERMAYER

Autor: Dr. GILBERTO POMPERMAYER

TERAPIA - Regressão à VIDAS PASSADAS - Relato (Sessão 18.901)

7/11/2022 - Sorocaba - SP

Queixa principal: Autoestima baixa, solidão, angustia e medo em tempo de chuvas, insegurança, crises de ciúmes, egoísmo, magoável e melindrosa, manipuladora e gosta de ser o centro das atenções.

Relato (Sessão 18.901)

“Eu vejo duas moças. Está dia. Um dia acinzentado. Nublado. Elas estão em uma montanha. Estavam discutindo calorosamente. As duas discutem ainda e discutem, mas não chegam em um acordo. Uma moça de cabelos claros e longos e uma outra de cabelos curtos e escuros. Um certo momento, durante a discussão, a moça morena tenta agarrar as mãos desta moça de cabelos claros, pois no decorrer da discussão, não sei ao certo por algum impulso aconteceu e, deslizou ou tropeçou e esta moça grita e pede ajuda pois, quase cai pelo precipício. Ela grita por socorro. Essa moça de cabelos escuros segura em suas mãos. A moça desesperada que está prestes a cair, grita apavorada e por mais que tente segurar nas mãos é em vão. A outra moça cai. Tudo fica claro, tudo fica branco. Ela, inconformada com o fato, por esta jovem não conseguir salvar a outra moça. Ela caminha mata adentro sem conseguir pensar direito. Ela segue cambaleando e não entende como isso pode acontecer. De uma briga, uma discussão boba. Ela se pergunta o que vou fazer da minha vida agora? Chora desesperadamente. Ali na mata ela permanece, meio desorientada, senta sobre uma pedra e não consegue articular as ideias. Ela pensa em um rapaz e reflete de como vai explicar o que aconteceu. Como ele ia se sentir ao saber? Ela teme que pela perda desta moça, ele não sinta mais nada por ela, mesmo sendo um acidente. Ele não sabe, mas elas brigavam por causa dele. Ele era uma disputa entre as duas moças. Estas moças eram irmãs. Ambas gostavam do mesmo rapaz, mas ele, não se decidia por nenhuma delas. No pensamento dela, quando souber, ela teme que ele se decidirá por aquela que se foi. O moço era uma boa pessoa. Um camponês trabalhador e justo. Apesar de sua simpatia que tinha pelas duas, de fato ele se identificava mais com a moça que caíra pelo precipício. Ela se convenceu de que se contasse a verdade o perderia para sempre.  Então, se decidiu calar. Mas e se a ideia não desse certo? Logo, todos iriam perceber a falta de sua irmã. Ao passar alguns dias e ao encontrar o rapaz percebeu que ele a estranhou pela sua frieza com que ela se manteve, apesar do sumiço da irmã. Ele não sabia ao certo o que havia acontecido, mas teve ressalvas sobre ela e se havia alguma confiança, perdeu–se. Então ele partiu. Era um moço novo e bonito. A última vez que ela o viu, ele estava a cavalo e seguiu calmamente mata adentro sem mais voltar. Ela se entristeceu, sentiu até raiva do rapaz, mas em nenhum momento dali para frente, sentiu algum remorso pelo ocorrido, só olhava para si mesmo e para o que queria e pelo que achava ter perdido. Decidiu que não seria derrotada, resolveu seguir e começar e uma nova vida. Daquela comunidade ela saiu. Ela sempre achou que merecia mais. Depois de certo tempo ela chegou em uma aldeia, uma cidade muito pequena e tudo muito úmido. Tudo sempre nublado e encontrou uma estalagem onde havia alguns cavalos. Ela sabia manusear e cuidar dos cavalos. Pensou que ali poderia começar uma nova vida. Passou um dia observando o local para entrar. Estava tudo muito escuro. Quando ela finalmente entra no recinto, percebeu que era uma taberna. Havia alguns homens no local. Ela se dirigiu a um senhor que estava atrás do balcão. Ele servia bebida. Foi até ele, jogou umas moedas, pediu um copo e ali ficou sentada e puxou assunto e começou a falar de cavalos e se ofereceu para trabalhar. Ela não tinha aparência muito feminina pra não chamar a atenção. Era boa de conversa. Conseguiu se arranjar por ali. Sua ideia era tomar conta do local. Os cavalos eram apenas um pretexto. Ela se imaginava tomar conta do local. Queria estar no topo e mandar. O tempo foi passando e o homem envelheceu e tudo aconteceu como ela queria. Ninguém a incomodava e não estava presa a ninguém, tinha uma vida solitária. O tempo foi passando. Já com um certo tempo de vida, passou a se lembrar da juventude e do que presenciou, mesmo não sendo causadora, o remorso tomou conta. Questionava se a sua irmã havia assistido a sua própria queda e mesmo ela não olhou para baixo para confirmar a queda. Pensava como a vida seria diferente se nada daquilo houvesse acontecido. Não demorou muito para que mais e mais a solidão passasse a pesar. Ela viveu a vida toda assim, seguindo. Já no fim dos seus dias começou sentir uma vontade de poder mudar o que não tinha mais volta. Olhar para a irmã e pedir perdão e que nada mais haveria importância. Que ela sempre a amaria. Foi então que, sentada em seu quarto escuro, frente a lareira com fogo brando, ela se acalentava em uma cadeira de balanço e chorava. Notou que a vida não significava nada do que ela almejava. Naquele momento tudo que ela queria era abraçar quem ela mais amava e trazê-la de volta. Queria apenas exteriorizar todo o fato que trazia dentro de si e que a corroía. Ela dizia em pensamento que a sua irmã poderia lhe ouvir, que ela a amava muito e muito. E ela em seus últimos suspiros se foi com a esperança de que fosse perdoada. E tudo ficou branco.

Mensagem dos Mentores

“Olhe a sua volta, será que você não vê? Olhe a sua volta, veja quantas pessoas ama você, preste a atenção, preste a atenção. Se eu pudesse desenhar tudo para você, se eu pudesse mostraria tudo para você, mas você tem que ver por você mesmo. Abra os olhos, tem muito amor a sua volta. Eu sei, muitas vezes não parece e é preciso saber olhar e querer ver. Pare de olhar para você. Respire. Olha para o alto. Tente na medida do possível, limpar o seu pensamento, tente. Quem sabe daqui um tempo você possa ver. Estamos com você, me dói te ver sofrer, mas nada dura para sempre. Todo sofrimento e desconforto é temporário e você é e sempre será ajudada. Fique em paz. Em paz”

E com a amada, querida e estimada Alma gêmea, nossa eterna gratidão. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.

www.psicanalistapompermayer.com.br

 

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