ColunistasCOLUNISTAS

Vinicius Szabo

Autor: Vinicius Szabo

Thor: Amor e Trovão - Crítica

14/7/2022 - Sorocaba - SP

  

Dirigido por Taika Waititi, Chris Hemsworth retorna as telonas para estrelar o fabuloso “Deus do Trovão” em seu quarto filme solo do personagem. Dessa vez, em ‘Thor: Amor e Trovão’ o público será apresentado ao vilão Gorr, e a trajetória de como um simples pai que busca cura para a sua filha se tornou o temível “Matador de Deuses”.

 

Introduzindo alguns personagens novos, e trazendo alguns antigos de volta, como o retorno de Natalie Portman no papel de Jane - par romântico de Thor que não havia tempo de tela desde o segundo filme da franquia, a Marvel tenta desesperadamente atirar para todo lado durante toda a produção, e infelizmente consegue acertar bem pouco. 

 

Este é o mais recente filme produzido por Kevin Feige, porém não apresenta  nenhuma novidade no quesito Marvel. Aliás, eu diria que essa produção demostra o claro exemplo, onde a fórmula do estúdio já não funciona com tanta eficácia como outrora. 

 

Apesar de carregar a palavra “amor” em seu título, as relações introspectivas do herói são deixadas bem de lado durante todo o filme, seja no desenvolvimento com os Guardiões da Galáxia, Valquíria, Jane ou até com Mjolnir. Sempre que o roteiro parece demonstrar o menor sinal de aprofundamento emocional de Thor com qualquer outro personagem a cena é interrompida por alguma piada jocosa ou uma mudança de rumo da história. 

 

Eu particularmente sempre achei genial o olhar sob a comédia que Taika entrega em sua direções. Porém nesta, para mim, o tom comercial do filme afundou completamente oque havia de original em sua comédia. Chega a ser desesperador ver diversas situações do roteiro serem explicadas apenas com piadas para arrancar risos do espectador. Porém é claro que existem esquetes de humor extremamente bem executadas, onde consegue-se sentir presente a essência do diretor, principalmente no início do filme. 

 

Quanto ao “trovão”, existem diversos no filme! A direção de fotografia está bastante colorida, há diversos elementos imagéticos muito bem explorados, tanto em cenários quanto em elementos de cena. O público é apresentado a novos lugares pertencentes ao “universo do Deus do Trovão” que são muito interessantes e que eu gostaria de ter visto muito mais, como o refúgio dos deuses, um local onde diversas divindades de mitologias variadas vivem em conjunto! Nesse recanto será possível ver Zeus, da mitologia grega, dialogando com Thor, por exemplo, da mitologia nórdica! 

 

Existe muito Guns N’ Roses na trilha sonora, oque traz ainda mais personalidade a história e conforto para todos, e é claro que apesar de toda “crise existencial” que os estúdios da Marvel estão enfrentando a diversão é garantida. Apesar de ser uma aventura curta com diversas coisas acontecendo, e ao mesmo tempo nada, ‘Thor: Amor e Trovão’ não faz jus a “Ragnarok” por exemplo, mas é uma ótima experiência para conhecer uma nova história do carismático Thor em busca de seu amor e de seu trovão! 

Compartilhe no Whatsapp