Autor: Lucas Pelisari

Data driven na gestão: Como aderir a esta tecnologia na sua empresa

6/10/2021 - Sorocaba - SP

 

O data driven veio a partir da transformação digital, a qual fez pequenas e grandes empresas modernizarem sua gestão a partir de soluções tecnológicas em seus processos, como o Software ERP. Entretanto, muitas delas ainda não compreenderam a real importância do ato de controlar as tarefas mais importantes e ter visibilidade total sobre a empresa.

Nesse sentido, surge a tal gestão data driven, ou gestão orientada aos dados, cujo significado e função você vai entender mais neste post.

O que é gestão data driven

Gestão data driven nada mais é do que ter processos organizacionais orientados a dados, ou seja, basear a tomada de decisão e o planejamento estratégico na coleta e análise de informações. Logo, ela não é uma ferramenta, mas uma metodologia desenvolvida com o avanço da tecnologia que faz uso inteligente e estratégico dos dados coletados por ferramentas de gestão.

Quando uma indústria, por exemplo, controla detalhadamente suas entradas e saídas financeiras, entradas de produtos no estoque, as perdas na produção, o reaproveitamento de matéria prima, o controle de validade de produtos, e um controle detalhado detalhado das vendas e carteira de clientes, esses dados ficam armazenados no sistema de gestão, contudo, armazená-los apenas para consulta e registro não é uma boa prática quando o assunto é desenvolvimento (evolução).

É neste cenário que a metodologia data driven se conecta aos dados armazenados. Tais dados devem ser computados em relatórios, gráficos e outros demonstrativos que possam ser visíveis à interpretação de profissionais analíticos que poderão ser capazes de realizar duas funções principais:

1. Diagnosticar o momento atual da empresa, confrontando custos, lucros e investimentos, o que é extremamente importante para tomadas de decisões estratégicas sobre o próprio negócio;

 

1. Confrontar dados com o mercado externo, realizando bechmarking (análise comparativa com concorrentes diretos e indiretos), e pesquisa de mercado para a possibilidade de expansão de vendas.

Sem essas ações, dados são apenas dados, ou seja, informações estáticas para mera consulta, o que não necessariamente gera crescimento.

Por meio da metodologia data driven, as organizações podem ter uma ideia mais precisa sobre o negócio, conferindo uma maior capacidade de aproveitamento de oportunidades e antecipação de tendências.

Entendendo a cultura data driven

Uma das principais diferenças entre as empresas que operam com uma gestão data driven e as demais, é o uso dos dados de forma integrada em seus processos e operações. Mas você pode estar se perguntando: o que essa integração realmente significa?

Quando uma grande distribuidora, por exemplo, possui os processos integrados (interligados tecnologicamente), significa dizer que na medida em que os produtos são vendidos, todo o processo de pedido de venda, orçamento, aprovação de propostas, separação dos produtos para envio e acompanhamento da entrega acontecem automaticamente dentro do sistema ERP em poucos cliques, de modo que o fluxo das informações não fica armazenado ou controlado em planilhas externas, mas sim no próprio sistema.

Isso é a verdadeira integração de dados: quando todos os setores da empresa possuem sua raiz digital em uma mesma plataforma ade gestão.

Esta plataforma geralmente é em nuvem, para que todas as pessoas autorizadas dentro da empresa tenham acesso a qualquer instante, e a partir de qualquer lugar com internet.

Assim, os resultados irão depender cada vez menos da produtividade individual e serão baseados na inteligência coletiva, garantindo uma maior agilidade à rotina.

Para que isso funcione, é necessário a junção de quatro fatores:

1. pessoas;
2. dados;
3. tecnologia; e
4. autonomia.

Saiba mais sobre cada um deles a seguir.

Pessoas

Para que você consiga ter uma gestão data driven, o primeiro passo é contar com profissionais especializados na sua empresa. Um dos mais importantes é o Chief Data Officer (CDO), profissional que vai liderar as mudanças em direção a um mindset data driven.

Mas apenas líderes não bastam. Junto ao CDO, deve haver profissionais capacitados para lidar com a nova realidade orientada a dados, como os cientistas e analistas de dados.

Dados

Como vimos, dados são o alicerce sobre o qual se constrói uma gestão data driven. Para que essa metodologia funcione, porém, é necessário contar com dados que estejam organizados, acessíveis e integrados.

Isso é que vai permitir que as ferramentas e os profissionais que vão lidar com essas informações consigam extrair o máximo de cada dado coletado.

Tecnologia

Conforme a sua empresa amadurece em relação ao data driven, a tecnologia vai ganhando cada vez mais espaço na sua organização, principalmente na forma de soluções mais robustas e eficientes.

Contar com as ferramentas certas irá trazer impactos positivos em todas as áreas envolvidas, desde os processos mais cotidianos de análise até a governança destas informações coletadas. E tudo isso é fundamental para a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

Autonomia

Utilizar estratégias data driven também fornece aos colaboradores um maior poder, permitindo que suas tomadas de decisão sejam baseadas nos dados. Assim, cada setor terá acesso aos dados de maneira ágil, simplificada e que faça sentido para a equipe.

Nesse sentido, as funcionalidades da solução adotada vão desempenhar um importante papel, disponibilizando recursos como automação e inteligência, e fornecendo facilidades como a visualização por dashboards e a geração de gráficos.

Como aplicar data driven na sua empresa

A gestão data driven depende de uma cultura orientada a dados, mas exige uma combinação de processos, métodos e tecnologias. Além disso, para implementar um processo sistemático de coleta de dados, é preciso integrá-los, pois de nada adianta ter um gigantesco volume de informações totalmente desconexas.

Por isso, um dos pilares da gestão data driven é garantir o acesso coletivo aos dados, por meio de dashboards intuitivos. Assim, os gestores têm relatórios completos sempre à mão para solucionar qualquer problema, com independência para consultar e analisar os dados da empresa.

Outro ponto importante é garantir que os profissionais tenham conhecimento suficiente para interpretar e aplicar os dados obtidos. Afinal, não adianta investir em dados e inteligência artificial, se ninguém consegue interpretar as informações.

Por isso, muitas empresas optam por ter um profissional de CDO para estruturar sua inteligência de dados. Confira abaixo às responsabilidades deste profissional:

•       Gerenciar dados como ativos estratégicos da empresa (estratégia de Big Data);
•       Buscar eficiência operacional;
•       Garantir a governança de dados;
•       Zelar pela qualidade de dados;
•       Desenvolver métricas (KPIs) para analisar a gestão de dados;
•       Criar soluções focadas na inovação, pesquisa e desenvolvimento a partir dos dados;
•       Incorporar tendências em tecnologia e inteligência de dados;
•       Definir padrões de política de dados;
•       Desenvolver o capital intelectual da empresa;
•       Treinar e orientar gestores e equipes a utilizar corretamente os dados.

Contar com esse especialista pode ser decisivo para impulsionar a gestão data driven, considerando que é uma profissão recente no mercado e alinhada às últimas tendências da área.

 

O data driven é o futuro da gestão das empresas que querem ter um diferencial competitivo. Afinal, com o avanço da tecnologia, é essencial capturar e analisar corretamente os dados do seu negócio, tornando-o mais competitivo, produtivo e viável.