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Vinicius Szabo

Autor: Vinicius Szabo

Cruella - Crítica da Nova Live-Action da Disney

1/6/2021 - Sorocaba - SP

Cruella - Crítica do filme da Disney por Vinícius Sgarbi

Nova live-action da Disney surpreende positivamente, apesar de conter falhas. 

 

O novo remake dos studios da Walt Disney já está entre nós, e apesar de nem todos os cinemas do Brasil e do mundo estarem de volta à operar com normalidade, o estúdio apostou no lançamento múltiplo, que está acontecendo tanto nas salas de cinema quanto na plataforma de streaming Disney +.

 

Mas não importa muito como você vai assistir à reprodução de mais um clássico da animação, oque importa pra gente é saber se vale a pena conferir mais essa versão sobre o mundo dos ‘101 Dálmatas’.

 

À começar do início, a narrativa nos apresentar um roteiro bem confuso, onde nem o público e nem a própria história sabem muito para onde vão. São takes bem rápidos que querem contar a infância de Cruella, ou melhor, Estella (nome da personagem antes de se tornar vilã). Porém, além de querer fazer essa retrospectiva sucinta, a cena leva muito mais tempo em tela do que realmente deveria durar, causando estranheza e até mesmo certo tédio logo no começo da história. A sensação que tenho é que todo esse começo possa ter sido bastante alterado depois de pronto, ou pode ter sido gravado até mesmo depois do filme já estar sendo rodado há um bom tempo, pois a narrativa antes e depois de Emma Stone entrar em cena é bem diferente.

 

E por falar em Emma Stone, fica claro que a atriz ganhadora do Oscar de Melhor Atriz de 2017 carrega o filme do começo ao fim. Por mais que todo o seu carisma esteja coberto pelo papel de uma mulher narcisista e bipolar, o encanto que ela entrega em cena prende a atenção do espectador facilmente, e o longa de 2 horas e 15 minutos passa voando.

 

Mas isso também não quer dizer que o roteiro flui com perfeição. Como disse, quem conduz o filme todo é a atriz principal com sua performance. A narrativa é bem criativa e se apoia muito no clássico ‘O Diabo Veste Parada’ quando vai contar da carreira de estilista de Stella / Cruella. Porém depois que os créditos sobem, várias perguntas na cabeça de quem é fã da animação dos Dálmatas ou mesmo do outro live-action de 1996. 

 

A nova produção não deixa claro oque ela realmente é. Ela não deixa claro se é trata um remake, se é uma nova história original da vilã ou se é uma prequel. Eu diria que Cruella de 2021 transita entre as todas essas três opções, mas ao mesmo tempo não é nenhuma delas.

 

O figurino é super megalomaníaco é muito bem produzido, porém não é nada novo e fora da realidade. É o padrão Disney que já conhecemos adaptado à personagem. E a trilha sonora são as músicas mais conhecidas e utilizadas do Pop. (Isso pode ser bom ou ruim, depende de você).

 

Então se eu tivesse que dar um veredicto eu diria que o filme é Ok. Ele diverte e até surpreende no final. (Tem os mesmo problemas atuais de produção e direção que a nova Mulan, por exemplo, mas o diferencial é que tem Emma Stone que entrega um show de atuação). Mas reafirmo: se o roteiro se justificasse com clareza sobre oque ele é, ficaria bem mais aprazível de se assistir. 

 

Nota: ⭐️⭐️⭐️ (Três Estelas) - Vinícius Sgarbi 

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